Minha foto
Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

Procurando alguma coisa?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

É assim...

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,mas também já decepcionei alguém.
Já abracei pra proteger,já dei risada quando não podia,fiz amigos eternos,e amigos que eu nunca mais vi.
Amei e fui amado,mas também já fui rejeitado,fui amado e não amei.Já gritei e pulei de tanta felicidade,já vivi de amor e fiz juras eternas,e quebrei a cara muitas vezes.
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,já liguei só para escutar uma voz,me apaixonei por um sorriso,já pensei que fosse morrer de tanta saudadee tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi. E ainda vivo Não passo pela vida.
E você também não deveria passar.
Viva!

domingo, 13 de setembro de 2009

Gentileza gera gentileza

Todo mundo diz que não se deve agradar os outros esperando receber em troca o mesmo tratamento. E eu concordo. Sou adepta à teoria de que devemos tratar as pessoas da maneira que gostaríamos de ser tratados.
Assim, de primeira, pode até parecer que as duas sejam a mesma coisa, mas a segunda é mais uma questão de consciência. É mentira dizer que não se espera algo das pessoas com quem você convive, e mentira maior é afirmar que elas por vezes não te decepcionam ou então que te surpreendem com alguma coisa boa. Nós somos assim, fazer o quê?
Ver as coisas assim deixa tudo mais leve. É mais fácil você entender o erro dos outros, mesmo que pareçam ( ou que sejam mesmo ) indesculpáveis. Sabe o porquê disso? Porque você também erra.
Lógico que também dececionamos e tratatamos mal outras pessoas, muitas vezes sem querer ou até sem perceber. Seria hipocrisia demais afirmar que consigo tratar os outros da maneira que gostaria de ser tratada o tempo todo, mas eu tenho aprendido uma lição talvez até maior que essa primeira: saber pedir desculpas.
Aliás, saber pedir e aceitar desculpas é essencial à qualquer tipo de convivência. Ninguém é perfeito o tempo todo e provavelmente por isso as pessoas sejam interessantes e exista aquele tal encanto. Às vezes a gente tem que saber pedir desculpas mesmo sem entender o nosso erro, mas por ter entendido que chateamos alguém. Do mesmo jeito, é preciso saber desculpar mesmo sem entender as justificativas de quem te magoou mas entendendo que a pessoa sente por ter pisado na bola.
Falando assim, até parece muito simples, mas vai tentar por em prática qualquer coisinha desta quando alguém te fizer raiva! Na teoria tudo funciona muito bem...
Como eu disse, ninguém é perfeito, então é óbvio que nem eu, nem você nem qualquer outro mortal vai conseguir ter uma atitude destas, dignas de Madre Tereza de Calcutá, o tempo todo. Mas se você conseguir lembrar disso de vez em quando já está de bom tamanho.

domingo, 6 de setembro de 2009

Guarda-roupas

Você já reparou como a vida é parecida com nosso guarda-roupa?

Quando somos bebês, nossas roupas são pequenininhas, delicadas, macias. São escolhidas justamente pra não nos machucar. Mais tarde um pouco, os macacõezinhos são substituídos por bermudas, vestidos, sapatilhas. A fralda dá lugar à calcinha, à cueca. Ora, já é hora de começar aprender que algumas coisas tem regras. Depois, viramos mocinhos, nos preocupamos mais com a aparência da roupa que vestimos, se está na moda ou não, do que com seu conforto. E cada vez mais aprendemos que existe uma roupa certa pra cada ocasião.

Eu lembro de um conjuntinho roxo e de um casaco de lã verde-água que eu tinha quando criança. Lindos. Também lembro da minha primeira calça jeans de mocinha, de um vestido vermelho que herdei das minhas primas... Às vezes vejo as fotos e lembro de como eu gostava daquelas roupinhas. Às vezes até penso em procurar alguma parecida... Mas hoje ele já seria fora de moda, talvez nem me caísse tão bem.

A vida também é assim. Quando pequenos, tudo nos parece mais confortável e as pessoas se preocupam em nos proteger. Vamos crescendo e dia-a-dia deixamos toda essa comodidade de lado. Nos acostumamos a ter um ou outro problema e a aprender que existe maneira certa pra se fazer as coisas. Com o tempo, aprendemos a dar valor ao sentimento, ao respeito, a amizade, ao amor.

As roupas outrora leves e coloridas, vão cedendo espaço ao terno. Os tênis, ao scarpin. As brincadeiras, ao trabalho. Neste caminho, crescemos, mudamos de corpo, de gosto, de tamanho. Da mesma maneira que mesmo aquela blusa que você amava ficou pra trás, alguns hábitos, algumas manias, algumas pessoas também ficam. E deixam saudade. É como olhar aquela foto e ver como você estava bonito com aquela roupa. Às vezes as coisas se perdem porque não nos servem mais, outras, porque já estava na hora. A gente aprende que nada é pra sempre.

A única coisa que continua é você. A mesma criança que usava aquele macacãozinho todo colorido naquela foto lá do fundo do baú. Seu cabelo mudou, suas roupas, suas preocupações, seus brinquedos e até seus amigos. Ainda assim, é você que se vê no espelho. Nas fotos, folha-a-folha do álbum de fotografias, é como se pudesse rever um filme, lembrar de cada época, de cada detalhe...

A gente lembra da bronca que levou quando desobedeceu a mãe e rasgou aquele bermuda caríssima. E nem precisava ser tão cara assim, porque se você gostava dela, ficou mais triste porque têla rasgado do que com a bronca. Aprendemos que quando gostamos e nos importamos com algo, temos que saber cuidar, não importa se vão ou não nos cobrar por isso. A maioria dos tesouros que ganhamos na vida só dependem da nossa atenção.

O tempo passa e percebemos que é preciso mudar de roupa, renovar o guarda roupa. Ninguém consegue passar a vida inteira vestindo trapos. O que faz a beleza da vida é a novidade. O que é importante na vida é ter estilo e saber o que nos cai bem vestir. As lembranças? As lembranças ficam guardadas nas folhas do álbum de fotografias, protegidas por folhas de papel de seda pra nunca nos deixar esquecer que somos sempre aquela mesma criança, independentemente da embalagem.

sábado, 5 de setembro de 2009

Impaciência

Olha, vocês podem até achar que eu exagero. E, na verdade, eu exagero mesmo. Às vezes. Não é que eu seja pessimista, muito pelo contrário, procuro me divertir o quanto posso com meus problemas. Mas tem hora que cansa.

Quando eu digo que os homens são complicados, não é sobre eu não ter auto-afirmação ou alguma coisa do gênero. Eu sou, de fato, muito indecisa e por vezes muito insegura. Até demais. Só que isso me acontece quando trato de duas coisas na minha vida: o grande amor que tive e minha vida profissional.

Meu amor, simplesmente porque o perdi. Ou nos perdemos. O que incomoda é não entender o porquê e não saber quando isso conteceu. Sobre minha vida profissional, sinto ter truncado os caminhos e ter perdido algum tempo. Esse tempo pesa bastante pra mim hoje e me faz querer tudo de uma vez. Eu tenho que dar um jeito em tudo de uma vez. Necessidade.

Simples assim. A agonia que vivo hoje pode ser resumida nisso: eu quero.

Sabe o que me incomoda na vida? Indecisão. Incerteza. Lido muito bem com qualquer situação, desde que eu a entenda. Eu costumo dizer: saber dizer o que você quer às vezes não é muito simples, mas definir o que não se quer... Isso é muito fácil. E eu aprendi a ser assim. Eu quero ou eu não quero.

Prático: se eu quero, eu procuro. E eu deixo claro o que quero. Se me entendem bem ou não, isso é outro problema. Que também não é difícil de resolver. Do mesmo jeito que digo o que quero, pergunto quando tenho alguma dúvida. Alguma complicação nisso?

Agora, eu sou mulher. Faço charminho, manha, até birra de vez em quando. Nada de grave. É só mimar e dar um pouquinho de atenção que passa. Eu sou manhosa, eu sou romântica, eu sou dengosa e até grudentinha. Nada exagerado. Pelo menos não pra quem está interessado, pros outros... Nem me importo.

Eu gosto de conquista, de sedução, de desejo. Eu preciso disso. Sou muito mais bem resolvida do que a maioria pensa. Algumas coisas me irritam com muita facilidade, em algumas épocas me irrito com muita facilidade. Venhamos e convenhamos, paciência não é lá uma das minhas virtudes, embora eu seja quase sempre aquele modelo de serenidade e prudência pra muita gente. Eu sou uma pessoa calma, tranqüila... Paciente, não.

Não sei dizer se sou mais razão ou coração, mas pras duas coisas eu tenho que entender.
Eu sei bem o que eu quero, só está difícil de encontrar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

22 dias...

É. Faltam 22 dias. Um ano a mais ou um ano a menos? Provavelmente os dois. Um ano a mais de história e um ano a menos do resto de minha vida. Sabe, isso não me incomoda. Vinte e sete anos bem vividos. Muitos erros e talvez alguns acertos.
O certo, de verdade, é que me orgulho em dizer: não me arrependo das coisas que fiz. Tentei me guiar assim. Prefiro tentar, arriscar, conhecer. Sempre tive medo de perder, de deixar passar. Nunca gostei do "se" nem do "quase", muito embora essas duas palavrinhas talvez estejam mais presentes na minha vida do que nunca.
Às vésperas de mais esse aniversário eu posso afirmar: estou satisfeita com a pessoa que me tornei. Afirmo novamente: não me arrependo dos meus erros. O que também não quer dizer que se pudesse escolher não passar por determinadas coisas eu não escolheria. Mas tento não remoer nada disso. Acho que tudo na vida pode ser visto de várias formas. Os problemas podem ser uma âncora na vida da gente, ou também podem te ajudar a melhorar. "Até um pé na bunda te empurra pra frente", depende do que você escolhe.
Eu sou o conjunto dos meus fracassos e dos meus sucessos. Sou a soma de toda tristeza, de toda decepção, de todas perdas que sofri. Essa é uma metade minha. A outra... Ah! A outra é a mistura de toda alegria, felicidade, conquistas, amigos e prazeres que já vivi. Eu sou um pouquinho de cada coisa, muito longe da perfeição. Eu poderia não ter passado por muita coisa que me fez mal, mas isso me faria uma pessoa melhor? Não sei.
Também procuro não ter saudades demais. Só sinto saudades das pessoas, porque elas ainda existem. Do tempo que passou, não. Guardo boas lembranças, envolvidas em muito carinho e guardadas em alguma gaveta da minha vida.
Vontade de voltar atrás? Não. Eu vivi o que tinha que viver e do meu jeito, errado ou certo. Às vezes fui um tanto confusa, segui conselhos errados, teimei da forma errada, entendi tudo errado.
Nas outras, eu juro que tentei acertar.

domingo, 26 de julho de 2009

Um belo dia resolvi mudar

"Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer, me libertei daquela vida vulgar que eu levava estando junto a você..."


Bom, no meu caso não existe você. Aliás, esse "você" eu posso de chamar de busca. E quer saber, eu cansei de buscar. Eu também cansei de esperar.

Acho que estou entrando naquela da crise dos trinta... Eu tenho duas opções, continuar com essa vidinha sem viver direito ou me jogar. Eu resolvir me jogar.

Também me cansei de viver regulando cada passo meu com medo do que um ou outro vai achar. Poxa, eu não faço nada de ilegal, nem de imoral ( que engorda eu faço sim... e adoooooro ), então pra que ficar toda recalcada?

Calma, ninguém está fazendo apologia à vida de porra-loca não, não consigo nem passar perto de ser um tiquinho assim. Mas tenho meu jeito meio impulsivo, decidido, impaciente, sonhador, romântico, idealista. Eu gosto das coisas certas, nas horas certas e de aproveitar as oportunidades certas: que mal há nisso?

Sabe aquele momento na sua vida que você quer mais? Cansei do morno, do quase, dos "será". O tempo passa e eu quero tudo. Eu acho que quero ser.

Pode ser meio egoísta, mas eu quero ser, não, eu preciso ser menos a amiga meio mãe dos outros, a namorada de alguém, a filha de fulano, a irmã de ciclano. Cansei de ser meio que uma estrela de outros planetas.

Eu quero ser o centro, eu quero estrelas em minha volta. Eu quero minha vida comigo no papel principal e que os outros... Ah! Que os outros aprendam um pouco a ficar na platéia, me aplaudindo ou vaiando. Mas com uma condição: os expectadores não interferem no espetáculo, minha vida não é um show interativo.

E quero voltar a viver assim, a partir de hoje. Uma coisa de cada vez, sem roteiro certo, bem assim: no improviso. E digo mais: eu posso tudo. Posso ser o que eu quiser, posso ter o que eu quiser, posso viver como eu quiser, só depende de mim.

E você, anda, como eu, muito ocupado em iluminar a vida dos outros ou já se tornou o centro do seu sistema solar?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Dieta e exercícios físicos

Ontem resolvi me matricular na academia ( de novo ).


Resultado: tive que me submeter mais uma vez àquela tortura chamada avaliação física.

Olha, eu já não sou lá muito fã de academia ( aliás, de exercícios físicos ), mas essa tal de avaliação mata. Eu acho lindo ficar de top e short esperando ter todos seus queridos pneuzinhos medidos pra depois escutar que você está gordinha. Isso é de lascar. E a hora do tal teste de elasticidade então? "Estique suas pernas e flexione o tronco pra frente o máximo que puder... Pode esticar...". "Já estiquei.". Hoje já estou alongada pro mês!

Pois é... Eu odeio mas preciso malhar. Posso ser sincera? Só quero emagrecer pra poder comer um tantão de coisa gostosa sem ( muita ) culpa. Vai dizer, tem coisa melhor que comer??? Nem adianta me vir com essa de que tem sim. Não tem não. Se você tem vontade de comer pizza, chocolate, sushi ou qualquer coisa é só comprar e comer, pronto! A comida não tem que gostar de você, você não tem que agradar ela, ela não reclama e você não tem que ficar procurando a comida ideal! Olha só que maravilha!

Deviam inventar uma comida que emagrecesse, imagina que delícia! Comer, comer, comer e emagrecer. Tudo de bom. Porque vou te contar, fazer dieta é uma merda ( com o perdão da palavra ). Dieta e exercício. Tá, eu sei, tudo isso faz parte de um estilo de vida saudável. Mas é um saquinho. Já pensou se comer hamburguer, pizza, batata frita, bacon fizesse bem à saúde?!

Agora, o engraçado é esse tanto de remédio que vendem por aí pra emagrecer. Shakes, chás, complementos, suplementos... E cremes??? Redutores de medidas, de celulite, redutor de tudo quanto é coisa, inclusive do seu dinheiro ( sim, porque gasta uma nota com isso tudo! ). Você se lambusa de creme, passa o dia todo com um sakezinho de almoço, toma não sei quantas pílulas pra depois ler na embalagem: para obter o resultado esperado esse produto deve ser aliado à uma dieta balanceada e á prática regular de exercícios físicos. Caramba, se eu tiver uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos regularmente eu não preciso de nenhuma dessas porcarias, concorda?

Eu fico indignada com essas coisas. Onde está a tecnologia sendo utilizada em favor de nós, os gordinhos neuróticos??? Ser gordinho não é só na balança não, viu? Começa muitas vezes na cabeça... E a minha eu até quero que emagreça, um poquinho só.

Afinal, tudo que é bom é imoral, ilegal ou engorda!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ed. Málaga

Hoje visitei o lugar que morei até meus 18 anos. Sempre vou a botecos lá, até visito alguns amigos na mesma quadra. Mas há mais de 6 anos não volto ao Ed. Málaga. Ex-prédio funcional ( em Brasília existia muito isso ), cresci brincando debaixo do bloco no meio de uma turma de uns 20 moleques.

Brasília sempre foi cidade grande com jeito de cidade do interior. Passei minha infância subindo em árvore, estourando bombinha, brincando de bet, de reloginho, de elástico, de boneca, de pique-esconde, pique-pega, pique-bandeirinha e todos os outros pique-não-sei-o-que que já inventaram.
Hoje, no lugar do gramado onde jogávamos bola e onde eu brincava com a Bianca ( minha poodlezinha ), existe um prédio enorme. As árvores em que costumava subir cresceram mais que eu e hoje não alcanço um galho sequer. Não há mais o banco que ficava defronte à minha sacada e onde passávamos horas conversando, já na adolescência.

Foi por ali que comecei a namorar, a me interessar pelos garotos, onde aprendi a gostar de música, de dançar e o que é ter amigos. Aliás, destes só duas ainda moram ali. Na quadra não se vê mais crianças como éramos.
Deve ser a modernidade chegando.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Primeiros erros

As primeiras vezes a gente nunca esquece.
Meu primeiro beijo aconteceu no alto dos meus 12 anos de idade com um mocinho que se chamava João Victor, pelas última notícias que tive, pastor João Victor. Lembro como hoje. Foi na Escola Parque da 210/211 norte, na frente do colégio inteiro. E a contragosto meu. Não gostava dele, gostava do Anderson... Ficamos ficando um bom tempo. Na época a gente chamava de rolo. E enquanto beijava meu primeiro beijo, sofria pela minha primeira paixão.
O Anderson não estudava comigo, ele era mais velho. Morava perto lá de casa. Tocava baixo, tinha uma banda de música baiana. Como ficava encantada quando tocavam Dia dos Namorados! Ai, ai... Era só suspiros. Mas eu era birrenta e ele, marrento. Nunca nos beijamos. Só fomos nos falar pessoalmente uns 8 anos depois num show. Foi quando eu tive certeza de que ele também gostava de mim. “Claro que lembro de você, você é inesquecível”, foi o que ele disse quando me espantei por ele ter chamado meu nome.
Minha primeira paixão só passou quando aconteceu meu primeiro amor, aos 14 anos de idade. E com isso também acabou o João Victor.
Primeiro namorado. E também primeira namorada. Nos conhecemos no carnaval. No início era aquele namoro escondido, com medo dos pais, regado a cartas e bilhetinhos, naquele leva e trás infinito com a ajuda dos amigos. Depois, descoberto pela mãe com direito a todo aquele drama que só nessa fase da vida nós fazemos.
O mundo parecia que ia acabar se não pudéssemos estar juntos. Aprendemos muita coisa e o mais importante: que o amor anda junto com o respeito. Não era como os namoricos das adolescentes de hoje, com direito a tudo e mais um pouco. Namoro à moda antiga, que na verdade, não sai de moda nunca. Reclamávamos muito. Sofríamos mais ainda. Os eternos incompreendidos pelo mundo.
Talvez o que nos faltava era justamente compreender melhor muita coisa. Aquilo que chamamos de experiência e que a gente só aprende vivendo. Um dia de cada vez. Uma paixão de cada vez.
P.S.: Engraçado, escrevi isso tudo ontem e deixei pra publicar somente hoje. De noitinha fui ao comércio, enquanto esperava o sinal fechar avistei minha primeira paixão do outro lado da pista. Isso, o Anderson. A vida prega algumas peças de vez em quando. nenhum dos dois mora mais no mesmo lugar. Parece que só quis promover um encontro completamente improvável pra me fazer sentir aquele friozinho na barriga. E nós, mais uma vez não nos falamos. Mas nos reconhecemos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Faxina

Hoje eu vou escrever sobre nada. Sim, porque não estou com um pingo de vontade de pensar, muito menos raciocinar. Aliás, é engraçado que nem sentir hoje estou sentindo.

Isso é preocupante? Não, não acredito que seja. É que às vezes sou como aqueles rios que em época de chuva aumentam de volume até transbordar, e depois voltam ao seu leito deixando aquele vazio cheio de resto.

Parece que meus últimos dias estão cheios de restos. Restos de lembranças, de problemas, de preocupações, de amores... Nada inteiro.

É... Meus dias estão precisando de uma boa faxina. Guardar bem guardadas aquelas lembranças que valham a pena serem lembradas, jogar fora aquele tanto de tranqueira que não serve mais pra nada, colocar na estante tudo aquilo que for útil.

É hora de tudo novo. Novos dias, novas preocupações, novas paixões e até novos problemas. Depois a gente faz outra faxina e assim vai.
Fazer o que? Nada é permanente nessa vida mesmo... Nem a gente mesmo.

terça-feira, 30 de junho de 2009

TPM

Tente Pertubar Menos. Pleeeaaaaseeeeee...
Desculpem o desabafo de ontem à noite ( não que tenha mudado muita coisa )... É que às vezes cansa o fingir que está tudo certinho. Essa coisa de ficar esperando que as coisas dêem certo também enche o saco de vez em quando.
Não rasgo dinheiro nem jogo pedra nos outros, mas de louco todo mundo tem um pouco. Esse papo de deixa a vida me levar é bacana, mas tem horas que a gente quer ir pra um lado e ela teima em nos levar pra outro. Aí fica difícil.
Remar contra a maré não é fácil não, mas mais complicado ainda é descobrir qual é a maré. Muitas vezes o que a gente quer não é o melhor, a gente só acha isso. Eu falo por mim, o orgulho às vezes prega peças. Sou teimosa, assumo isso. Teimosa e insistente. Não tenta me por rédea, não funciono desse jeito. Eu só sei fazer o que aceito fazer e não o quem querem que eu faça. Não que eu só faça o que me dá na telha, pelo contrário, faço tudo que me pedem porque não si dizer não. Isso me faz mal.
Dizer não pras pessoas me deixa com consciência pesada. Dizem que eu tenho mania de querer abraçar o mundo com as pernas. O que acaba comigo é essa minha necessidade infinita de agradar os outros, de querer me sentir útil. Isso me esgota, às vezes.
Estou cansada esses dias... Vou colar alguns cartazes por aí: PRECISA-SE DE COLO.
Só quero descansar disso tudo um pouco. Depois passa.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bad hair day

Olha, avisa que minha falta de sorte está só começando! Que eu não sou cagada de urubu, sou cagada e meia.
É foda. Desculpe, eu sei que não deveria falar esse tipo de coisa, mas não tem expressão melhor pra ser usada no momento.
Antes do príncipe encantado vem uma cavalaria inteira??? Me mandaram foi um batalhão de reconhecimento. Eu desis-t-o-to. Já não me basta o tanto de problema que eu tenho pra resolver em todos os outros setores da minha vida. Eu já me coloco em confusão demais sozinha, nã preciso de mais ninguém não.
Aliás, só pra ME lembrar: foi por isso que eu desisti de um noivado! Pra cuidar SOZINHA da minha vida.
E ai de quem me vier dizer que ficar falando essas coisas atrai má sorte. Passa um dia comigo depois me conta se eu preciso de mais uma dose de azar!
Isa, este post é em sua homenagem... curto! rs

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cagada de urubu


Bom, lá pelos lados da minha família a gente costuma dizer que a pessoa é cagada de urubu quando ela é muito azarada. Ou seja, desde pequena sou cagada de urubu.

Eu estou começando a acreditar de fato que meu azar em relacionamentos é praga de ex-namorado.

Já contei a incrível história dos dois bolos que levei no mesmo final de semana de um mesmo Zé Ruela? Enfim. Não sou de providenciar muita coisa especial pra um encontro não, mesmo porque isso é coisa rara de acontecer. Neste dia, óbvio, até ao salão fazer escova eu fui. Vestido novo e o escambal. Lei de Murphy: aos 47 minutos do segundo tempo o fulano me informa que está adoentado e com febre. E eu toda arrumada. Me desculpe, não consigo ficar muito tempo com as coisas engasgadas e reclamei mesmo da falta de consideração e por ter me deixado esperando até as 21:00. No outro dia o bunitão me pede desculpa e diz que marcasse qualquer coisa no domingo que ele não iria me decepcionar. A sonsa aqui ainda preparou jantar com sobremesa e tudo, só porque ele estava adoentadinho... E vestido novo. Questão de honra impressionar o carinha. Adivinha??? Ele te ligou? Nem pra mim.

Tudo bem, acontece. Comigo principalmente.

O tempo passou e conheci um outro ciclano. Uma figura. Dançou thriller pra mim quando nos conhecemos. Em três semanas caiu da escada e quebrou o joelho. Depois, foi até Goiânia fazer vôo de teste em um avião e o trem de pouso não funcionou, aterrissagem na lata, literalmente. Deve ter bem um mês que nos vemos. Me liga hoje pra saber como eu estou ( marcar aquela presença básica ) e me dizer que está a três dias de cama com pneumonia.

Há umas duas semanas conheci um tchutchuquinho, uma gracinha de pessoa. Até disse que ia no aniversário da minha melhor amiga comigo! Mas adivinha o que aconteceu??? Adoeceu. Pelo menos ele me procurou pra dizer isso depois do bolo. Ponto pra ele. Não, meio ponto. Bolo é bolo. Mas eu gostei dele.

As pessoas falam que eu acredito em toda desculpa que me dão. Bom, sempre respeitei o princípio da presunção de inocência nestes casos. Agora me diz, que praga é essa? Já perdeu a graça. Todo mundo brinca: o importante é ter saúde! Caramba, nem isso comigo anda funcionando?!

Quem souber de uma benzedeira ( das boas, por favor ), entre em contato urgente!


P.S.: Só pra descontrair mais um pouco. Tentei pedir pizza de novo. Dessa vez nenhum telefone me atendeu e o que atendeu demorava uma hora pra entregar ( eu fui prevenida desta vez, liguei às 14:30 pra ver se chegava até as 16:00 ). Depois de fazer uma enquete e apurar que queríamos pizza de frango com catupiry, liguei, informei nome, telefone, endereço, ponto de referência... E adivinha? "Moça, não estamos tendo frango hoje." Quer que acrescente mais alguma coisa?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em construção


Me incomoda essa tranqüilidade inquieta de quem está sempre tentando ser alguém que ainda não existe. Quanto tempo já gastei tentando ser? E hoje sou isso, meio que uma metade perdida no meio do caminho. Dois erros nesta frase: não sei se chego a ser metade de alguma coisa ou se estou me completando deste jeito perdido mesmo; também não sei se estou no meio do caminho, andei pegando alguns atalhos por aí a fora, devo estar mais perto de chegar do que imagino.

Enfim, gosto de ser que sou hoje, apesar dos pesares e da mochila pesada de lembranças ( muitas vezes mais más que boas ). Sou uma pessoa em construção, ou em reforma, não sei ao certo. Só sei que não estou satisfeita. Me falta muita coisa e a parte mais importante: a falta coragem de ser por inteiro. Não tenho mais disposição de ser morna: tenho que ser quente ou fria, uma coisa ou outra. O quase não me é atraente e me cansa.

Eu quero mais. Eu quero tudo. Eu quero a vida. Inteira.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Minhas metades

Eu só toco a campainha um vez. Só deixo o telefone chamar três vezes. Só espero o telefone tocar uma vez antes de atender. Só procuro alguém uma ou duas vezes. Só corrijo alguém na terceira vez. Se errar de novo, só aviso que não reclamo mais.

Quem me conhece sabe: impulsiva e ansiosa. Essa sou eu. A outra parte é mais divetida e menos estressada. Com tudo. Não suporto esperar a atitude de alguém, nem ter que pedir um favor mais de uma vez. Eu faço. Não sou boa em delegar qualquer tipo de tarefa. Não sei esperar. Eu sei, isso acaba com a pessoa: com a minha pessoa com a pobre da pessoa que tem que me aturar.

Eu não gosto de depender de ninguém. Isso é engraçado, porque também não gosto de ficar sozinha. Eu não sei ficar sozinha. Me faz falta ter pra onde correr, sabe, aquele porto seguro. É como se uma parte de mim não combinasse com a outra. Ou como uma parte tentasse compensar a outra.

Nem sei. Sei que uma metade quer ser sozinha e a outra precisa quer estar acompanhada. No momento nem uma, nem a outra estão satisfeitas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mulheres...

Eu não entendo. Homem não gosta de mulher que corre atrás, de mulher fresca, de mulher melosa, de mulher dependente. Mas também se assusta com mulher independente, que se impõe, que é durona.

A mulher moderna, infelizmente é isso tudo. É romântica, mas decidida. Gosta de gentilezas e de mimos, mas corre atrás do que quer. Tem horas que precisa ser protegida, apesar de ser completamente independente.

A mulher moderna não tem vergonha de correr atrás do que quer, seja um sapato, um emprego, um carinha qualquer. Do mesmo jeito, choramos, nos enchemos de chocolate, enchemos a cara porque levamos um fora ou até mesmo porque não atenderam o telefone. Brigamos, esperneamos e damos nossa cara a tapa pra defender um ideal ou alguém de quem gostamos.
Somos independentes e bem resolvidas, mas morremos de insegurança de vez em quando. Carregamos o mundo nas costas, mas desabamos quando não conseguimos achar a roupa certa pra aquele encontro especial.

Mulher é difícil de entender mesmo.
Agora, difícil de verdade é saber o que vocês esperam da gente. Pode ter certeza que isso sim, nos deixa confusa.

domingo, 21 de junho de 2009

Utilidade Pública!

Se eu fosse você, leria até ó fim.

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?). O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.

Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.

Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também pára de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' Lei de Murphy. Sempre dá merda. Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão e pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece. Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc. Eu não faço, mas conheço quem faça. E nessa se vai mais uma hora do seu dia.

Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia. Ou ainda uma lingerie especial, dependendo da ocasião. Pronto, mais horas do dia. Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping.

Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, buço, virilha, sobrancelha, etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah, sim, você vai dormir COM FOME. A dieta do queijo continua.

Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar). Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso.

Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber. Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.

E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, as 'Madames' só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que 'Madame' abra a boca e diga 'sei lá, normal, roupa normal'. Eles não sabem que isso não ajuda em nada.

Escolhida a roupa, com a resignação de que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com 's', né? deveria ser com 'x'), etc. E o cabelo? Bom, por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem a chapinha, prancha e/ou secador.

Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Melhor nem contar tudo que eu faço em matéria de maquiagem, se não vocês vão me achar maluca, digo, mais maluca. Como dizia Napoleão Bonaparte, 'Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem'. Considerando que não faço uso das primeiras, me permito abusar da segunda. Se você for uma pessoa normal, não perde nem vinte minutos passando maquiagem.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa e gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'. O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da ligerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'.

Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível.

Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar?' Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro! Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista do caralho. Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma...

Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo 'banho de lua'), fazer drenagem linfática, baby liss... enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...' começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? 'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'. Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muuuuiiiiiiito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essa altura, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra'). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha (que por sinal custou muito caro) atochada no rego para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri, eu penso: 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo mesmo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa.............................................................R$100,00

Ligerie.............................................................R$80,00

Maquiagem.....................................................R$50,00

Sapato............................................................R$100,00

Depilação........................................................R$60,00

Mão e pé.........................................................R$30,00

Perfume...........................................................R$50,00

Pílula anticoncepcional......................................R$30,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$500 para sair com um Zé Ruela. A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Bichos amigos

Eu não acredito em quem maltrata qualquer tipo de bicho. Na verdade, eu não confio em quem judia deles. Quem tem coragem de maltratar um cão, um gato,. um passarinho na minha opinião não tem coração. Isso também vale pra aqueles que não se importam de simplesmente abandonar seu animal no meio do mato, na beira de uma estrada.
Quando saio de casa e vejo aquele olhar comprido da Bebel já me corta o coração. Não entendo quem consiga deixar um companheiro pra trás sem sentir remorso. Companheiro sim, porque mesmo que a pessoa não o considere um amigo, o animal com certeza a considera.
E não me venha com conversa de que animal não tem sentimento, que não entende nada. Entende sim e tem muito mais sentimento que muita gente que anda por aí.

Mais dois sites sobre defesa dos animais domésticos e adoção:

http://www.institutoninarosa.org.br/

http://www.olharanimal.net/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Algo mais

"Se você não é nenhuma Gisele Bündchen, não há motivo para sedesesperar em frente ao espelho. Quem dera ser uma deusa, mas nãosendo, há chance de ser incluída no time das interessantes. Junte novelindas e uma mulher interessante e será ela quem vai se destacar entreas representantes do marasmo estético. Perfeição, você sabe, entedia.
Mulher interessante é aquela que não nasceu com tudo no lugar, a nãoser a cabeça - e, às vezes, nem isso, pois as malucas também têm umcharme diabólico. A mulher interessante não é propriamente bonita, mastem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos, umamalícia que inquieta a todos quando sorri - e um nariz diferente. Sãotambém conhecidas como feias bonitas.
Eu poderia citar um batalhão de feias bonitas que, aqui no Brasil, sãopúblicas e notórias, mas vá que elas não considerem isso um elogio.Então vou dar um exemplo clássico que vive a quilômetros de distância:Sarah Jessica Parker. É uma feia lindona. Uma feia classuda. Uma feiasurpreendente. Adoro este tipo de visual. Mulheres com rostos difíceisde classificar, que não se enquadram em nenhum padrão.
Quando Meryl Streep estreou como coadjuvante em Manhattan, filme deWoody Allen, chamou a atenção não só pelo talento, mas pelo seu arblasé, seu porte altivo e uma sobrancelha que arqueavainterrogativamente, como se perguntasse: e aí, você já decidiu se lheagrado ou não? Paralisante.
Esse gênero de mulher não figura nos anúncios da Lancôme e não possuium rosto desenhado com fita métrica: olhos, boca e nariz a umadistância equilibrada um dos outros. Nada disso. A feia bonita éaquela que não causa uma excelente impressão à primeira vista. Aocontrário, causa estranhamento. As pessoas se questionam. O que é queessa mulher tem? Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.
Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas. Não dápara encomendar num consultório de cirurgia plástica. Não adiantamusculação, dieta, hidratantes. Feias bonitas têm a boca larga demais.Ou um leve estrabismo. Ou um nariz adunco. Ou seja, este algo que elastêm é algo errado. Mas que funciona escandalosamente bem.
E há aquelas que não têm nada de errado, mas também nada de relevante.Um zero a zero completo, e ainda assim se destacam. Um exemplo? Aquelamenina que atuou em Homem-Aranha e Maria Antonieta, a Kirsten Dunst.Jamais será uma Michelle Pfiefer, mas a menina tem algo. Quem deraesse algo fosse vendido em frascos nos freeshops da vida.
Se o fato de ser uma feia bonita é, digamos, uma ótima compensação,ser um feio bonito é o prêmio máximo. Não sei se você concorda, maseles são mais atraentes que os bonitos bonitos. Não que seja tolerávelum narigão num homem: ele tem que ter um! Nada de baby face. Éobrigatório uma cicatriz, ou um queixo pronunciado, um olhar caído.Você está lembrando de um monte de cafajestes, eu sei. Ou de um montede italianos. É esse tipo mesmo, você pegou o espírito da coisa.
Feias bonitas e feios bonitos tornam a vida mais generosa,democrática, divertida e interessante. Não podemos ter tudo, mas algose pode ter." ( desconhecido )

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados



Bom, começo este post com uma frase ótima:

"Se o dia é dos namorados, a noite é dos solteiros."

Hoje eu não vou receber flores nem vão me levar pra jantar, ou pra lanchar, ou pra dar um mero rolé no shopping. Não que meus outros dias dos namorados tenham sido muito diferentes. Inclusive ano passado gastei uma grana em interurbano pra mandar flores, cesta de café da manhã, telegrama... E recebi um buquê de rosas que minha cunhada enviou a pedido do falecido. Quinze dias em função de fazer tudo certinho e bonitinho. E ele me faz uma coisa daquelas estampadas "putz, esqueci! maninha, quebra meu galho aí!". É foda.

Mas enfim, não vou ficar lamentando. Mesmo porque tenho lamentado com ou sem namorado, anda triste a situação. Se eu tivesse colocado Santo Antônio de ponta cabeça no feijão, ele estaria obeso. De qualquer forma, antes passar o dia dos namorados solteira que o carnaval namorando. Sobre o dia de hoje, nem tenho muito o que falar. Não tenho namorado. Mas sobre esta noite...

Quem tem azar é azarado e quem tem sorte é SORTERO!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Só comigo...

Eu ainda não defini se a regra que orienta minha vida é a lei de Murphy ou se sou vítima da minha própria lerdeza. Ou se são as duas coisas juntas.
Há um mês marquei uma consulta com um nutricionista. Acordei cedo hoje pra não me atrasar. Fiz minha horinha básica de bicicleta ergométrica, fui escrever minha monografia... Tudo dentro do cronograma que havia estabelecido na minha cabeça.
11:00, hora de tomar banho e me arrumar. Os dois banheiros ocupados. Ótimo. Meu humor já foi por água abaixo em plena véspera de feriado. Dessa vez os enviados de Murphy personalizaram-se nas pessoas da minha mãe e do meu irmão.
Lógico, evidente que saí de casa atrasada, correndo e xingando o mundo.
Cheguei, estacionei, corri rumo à sala 203. Chegando lá, vi aquela placa enorme "Multiclínica". Aquelas cadeiras típicas de consultório médico, as revista e cinco portas trancadas. Bati em uma porta, e nada. Bati em outra, e nada. Bati nas cinco portas, e nada. Meus 15 minutos de atraso viraram 30, até que uma servente da clínica aparece.
-Moça, eu tinha uma consulta às 11:20 e está tudo fechado???
-Ah não... a recepção é lá embaixo, na sala 113.
Bom, o normal quando você erra um endereço é parar no lugar errado, não num lugar certo. Como eu erro o endereço e páro na mesma clínica só que no andar errado? Rumei à sala 113 soltando fogo pelas ventas.
- A nutricionista acabou de ir embora, esperou o tempo de tolerância e teve que sair. A senhora vai ter que remarcar.

Exatamente tudo o que eu queria escutar.

O pior é que não é primeira vez que eu erro desse jeito. Quando entrei na faculdade, criaram um e-mail da turma. Todo mundo acessava os documentos no tal e-mail, menos eu. Isso aconteceu por quase um ano. E eu completamente indignada com a situação. Eu era a única da turma que não conseguia ter acesso ao conteúdo do e-mail. Entrava lá no Yahoo, colocava o login, a senha, entrava e nada. Até que um dia fui mostrar pra um colega o que acontecia comigo e ele me faz a seguinte observação: Mariana, o e-mail não é outrip002, é outrip001. A senha, a mesma.

Eu chego a ter medo de seguir minha vida desse jeito, viu.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eu gosto


Eu gosto de namorar. Eu gosto de beijo, de carinho, de abraço, de colo, de cafuné. Eu gosto de confiança, de segurança, de mimos, de atenção, de presentes, de supresas ( boas, as más eu dispenso ). Eu gosto de festa, de amigos, de música, de dança, de conversa fiada e de conversa séria. Eu gosto de água de coco, de chá verde, de água, de suco, de refrigerante, de caldo de cana, de chocolate quente e chá mate bem gelado. Eu gosto de carne, de macarrão, de salada, de camarão, de peixe, de morango com chocolate, de uva, de manga ( picadinha ), de feijoada, de escondidinho, de frango com quiabo, de abobrinha, de caldo de abóbora, de caldo verde, de vaca atolada. Eu gosto de cachorro quente, de misto quente, de beirute, de hamburguer, de sanduíche natural, de bauru, de pão com bife e de pão com linguiça. Eu gosto de foundue, de sushi, de temaki, de yakissoba, de sukyaki, hames, de tabule, de pimentão recheado, de charuto de repolho, de grão de bico, de guacamole, quesadillas. Eu gosto de pinga, de cerveja, de vinho, de chopp, de vodka, de espumante e até de cidra. Eu gosto de pavê, de chocolate, de mousse de maracujá, de sorvete, de bolo, de brigadeiro, de casadinho, de cajuzinho e de beijinho. Eu gosto de coxinha, de risoles, de quibe, bolinha de queijo, de folhado de castanha com leite condensado e de pêssego em calda.


Eu gosto de tudo isso. Gosto pelo gosto, pelo sabor. Assim como gosto do gosto das paixões.

Paixão sem sal, sem açúcar, sem pimenta não é paixão. Paixão sem gosto não tem graça

Paixão sem sabor não agrada ninguém.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Da série: Frases ditas ontem à noite

Conversa vai, conversa vem. O assunto, quase o de sempre: nossa infinita falta de sorte no amor. Se é que se pode falar no amor, melhor falar em relacionamentos apenas.


"Antes de vir o príncipe encantado, pode ter certeza que vem uma cavalaria inteira."

É. Acho que nosso caso formou-se um reino intergalácteo, com uma espécie de cavalaria a la Legião Estrangeira, com gente de tudo quanto é canto... é cavalaria que não acaba mais! No meu caso, parece que ainda resolveram enviar qualquer coisa antes da cavalaria...
Mas não tem nada, não. Dia 12 está chegando... Dia de quê? Dos namorados. E dos SEM namorados também. Prosseguimos firmes e fortes rumo à I Passeata dos Sem Namorados de Brasília! Pelo menos é melhor que ficar em casa. Ah... eu ia me esquecendo. Vai ter um bocado de festa dos solteiros pra ir, né? Ótima oportunidade de conhecer aquele gateeenho...
Pois bem, a última vez que eu resolvi ir a uma festa dessas ( exatamente dessas: A noite dos solteiros ), sem exageros, ficamos eu, Gi e Isa sozinhas no pub. Aliás, sozinhas não. Também estavam os garçons e os seguranças. E depois também chegou o Dalton Vigh, coitado. Tudo bem que a noite aqui em Brasília não é das melhores, mas aquele dia...
Olha, ninguém merece. Eu nem sapo tenho encontrado, quiçá príncipe. Dizem que aqui em Brasília tem muito rapaz bonito, solteiro. Só me resta uma dúvida: onde eles se escondem, por favor?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais um pouco de Clarice

Quanto tempo e quanta coisa já deixei passar batida por estar preocupada com coisinhas pequeninas que nem mereciam tanta atenção assim. E ainda deixo passar. Será que um dia a gente aprende???
"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
( Clarice Lispector )

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pessoa errada

Que graça tem um mar sem ondas? Da mesma forma são as paixões.

"Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho! Chega na hora certa, fala as coisas certas,faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor... A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurarque é pra na hora que vocês se encontrarema entrega ser muito mais verdadeira. A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.Essa pessoa vai tirar seu sono. Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.Vai estar o tempo todo pensando em você. A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo! O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo... E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo". Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra gente..."

( Luis Fernando Veríssimo )

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Velho jargão

O que a gente leva da vida, é a vida que a gente leva.

Sem brincadeiras, sem piadas dessa vez. Muito menos qualquer lição de moral.
É engraçdo pensar como nossa existência é frágil, como nossa vida pode acabar em um segundo sem que sequer tomemos ciência disso.
Não importa quem você seja, nem quanto dinheiro tenha, nem quanto bem sucedido profissional você é. Nossa vida é apenas uma passagem e não temos a mínima noção de que em qual estação vamos descer. Podemos fazer planos, programar escalas, hospedagens, mas nenhum plano é imutável.
A questão não se trata de não valer a pena sonhar. Muito pelo contrário, isso é o que vale a pena na vida. Mas não passe seu tempo apenas sonhando, planejando. Tente. Corra atrás. Quebre a cara. Seja feliz. Nem todo tempo do mundo é suficiente pra ser, o importante é tentar ser, sempre, o melhor que se pode.
Não vale a pena perder-se em suposições e medos. A vida é aquilo que se sente, seja coisa boa ou coisa ruim, mas sempre coisa que nos faz crescer. A vida é sentir. É fazer os outros sentirem. É buscar fazer a diferença sempre.
Não queira nunca ser tudo. Ninguém é tudo. O importante é sermos nós e tentarmos fazer de nós um tudo, porque no fim o que resta são as lembranças, o carinho, as conversas, os conselhos, a amizade. O que fica é o que tentamos ser.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Português

O português sempre nos prega peças. É incrível: nascemos e logo aprendemos a falar – português. Crescemos e logo aprendemos a ler e a escrever – em português. Eu mesma, no alto dos meus 26, quase 27 anos, passei cerca de 154.360 horas vivendo em português, mas até hoje às vezes eu olho pra uma palavra e pronto: “Será que essa palavra se escreve assim?”. Tem outras que, de repente, parecem tão estranhas que não consigo lembrar sequer se existem. Agora mesmo, quis escrever recompensante, mas o corretor ortográfico do Word insiste em me dizer que está errado. Depois de muito pensar, pesquisar, jogar no Google, achei uma solução, resolvi escrever gratificante.
Quando criança, lembro de ter custado a me acostumar com a palavra emergência. Mais tarde ficava encucada ( aliás, o Word está dizendo que encucada também não existe ) com o tamanho do tal do paralelepípedo. Hoje, ainda costumo ficar perdida quando vou escrever palavras como sobrancelha, cabeleireiro na pressa. Me embaralho toda. É que nem outro dia, que eu quis frear e por causa do branco acabei brecando. E olha que eu tenho nervoso de gente que escreve errado, é quase uma neura. Aliás, segundo o Word, neura também está errado e me oferece como opções outras palavras como negra, nela, Nelma, Neuma, neural. Totalmente de acordo com o sentido do que quis escrever.
É isso que dá colocar um sistema americano pra corrigir nosso português. Nem pra gente isso é fácil... Vou passar a fazer como uma amiga: vou tirar minha licença poética e começar a inventar minhas próprias palavras.

Eu prefiro acreditar

Eu prefiro acreditar. Acreditar nas pessoas, na vida e que tudo pode ser melhor. Acreditar que da mesma forma que as pessoas têm defeitos, o mundo também tem, mas que tudo pode ser perfeito mesmo assim. Acreditar que a felicidade existe, mesmo com todas as tristezas que encontramos na vida.

Eu prefiro acreditar nos sonhos, que eles podem ser reais, só depende da força com se sonha. Acreditar que vale a pena sofrer por amor. Que vale a pena ainda se entregar a loucuras por uma paixão. Acreditar no amor eterno, acreditar em paixão à primeira vista, acreditar em príncipe encantado.

Eu prefiro acreditar que existem coisas pelas quais vale a pena lutar. Acreditar que podemos mudar o mundo e acreditar que cada um é responsável por isso. Que existe muita beleza e que só falta as pessoas conseguirem ver isso. Acreditar na justiça e num mundo onde não existe sofrimento, onde as pessoas se respeitam e se ajudam.

Eu prefiro acreditar na bondade das pessoas, na inocência das crianças e na pureza dos sentimentos. Acreditar que nada é impossível e que a gente colhe o que planta. Acreditar que a felicidade está nas pequenas coisas e que fazer o bem nos faz bem. Acreditar que não há nada mais gratificante que ajudar alguém. Que nada satisfaz mais que a gratidão e o reconhecimento.
E eu prefiro acreditar, ao invés de seguir ainda acreditando.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gosto é gosto

Tem gosto pra tudo nesse mundo, mas quando falamos de relacionamentos é que vemos de verdade que existe gosto pra tudo. É por isso que não desanimo. Dizem por aí que toda panela tem sua tampa, embora muitas vezes eu me sinta uma legítima frigideira A esperança é última que morre, não é?

Eu fico pensando que a grande culpa de alguém estar sozinho é desse alguém mesmo. Quem manda ser chato demais? A gente tem mania de procurar defeitinho, de querer tudo perfeitinho, daquele jeitinho que a gente sonhou. Eu não me excluo desse meio não, porém já desisti de procurar princípes, ando a procura de uns sapinhos por aí.

Mas não tem jeito, tem certas coisas que a gente não tolera. Não adianta.

Eu mesma me considero uma chata de galocha pra muita coisa.

Detesto rapaz que não faz o pezinho do cabelo direito. Não que goste só de homem de cabelo curtinho, adoro um cabelinho meio grandinho, assim meio desleixado. Mas se for curtinho, por favor, faça o pezinho.

Não sou fã de muita gíria. Nem de palavrão. Tudo bem, não vou ser chata porque o fulano está xingando todos os palavrões do mundo durante um jogo de futebol, mas numa mesa de bar não precisa repetir tudo.

Existe coisa mais irritante que gente que escreve errado? Adoro conversar pelo msn antes de sair com alguém. Escreveu, não leu... Beijo, tchau e não me liga! 'Nós vai', 'a gente vamos', 'estava durmindo", "cheguei canssado"... Cara, isso dói lá no fundo da minha alma! Gente, homens ( e mulheres também ), tem um monte de cursinho de português por aí... Até eu me disponho a dar umas aulas, mas por favor, não dá. Depois me vem um falando que acha que não foi bem numa prova redação e eu me pergunto: por que será?

A verdade é que a embalagem é muito importante sim. Aquela história, cada um com seu cada um, quem gosta de picanha, come picanha, quem gosta de pescoço de peru, come pescoço de peru. O problema são os acompanhamentos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um pouco de Clarice


"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." ( Clarice Lispector )



Nós com nossa imensa mania de querer entender tudo, deixamos de viver e vivemos na dúvida.
Não interessa o porquê das coisas, das pessoas. Se você pretender viver, esqueça um pouco de entender. Sentir faz mais sentido. Aprenda que o tempo não volta e querer buscar muita explicação sobre o que já passou não vai mudar nada, só fazer o passado mais presente que deveria. O que passou nos acompanha como bagagem, onde guardamos com sabedoria somente o necessário à nossa jornada. Você sabe sabe tudo o que guardou, felicidades, tristezas, conquistas, derrotas. Não há necessidade de ficar revirando essa mala o tempo inteiro só pra conferir se não esqueceu de nada. Quanto mais se mexe nessas coisas, mais nossa mala fica bagunçada e mais nossa viagem fica difícil. É importante saber de tudo mas também é importantesaber deixar cada coisa em seu lugar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Gripe Suína - Parte III

É o que eu falo: falta do que fazer é um problema muito sério...

Intimidade

Intimidade é uma coisa complicada. Eu costumo dizer: dê dinheiro a uma pessoa mas não dê intimidade.
Já percebeu isso? Intimidade fode a vida da gente.
Em boteco. É pegar intimidade com garçom que as coisas desandam. O último anunciava lá de longe, assim que eu apontava no boteco: "Hoje tem Seleta! Vão quantas doses?". Sumi de lá tem uns meses pra ver se esquecem da minha cara.
No boteco da faculdade, já estavam com mania de me ver e já irem falando: "Tá sumida!" ou "Achei que não viessem!". Isso já com a cerveja na mão.
No boteco que frequento atualmente não, é diferente. Esperam eu sentar e já me perguntam: "Pode trazer a caipirinha?".
Caramba! Isso faz a pessoa se sentir uma alcóolotra!
Um tempo atrás levei um namorado num barzinho, um desses de estimação. Sentamos na mesa, aquela coisa toda romântica. De repente reparo que o garçom está em pé do lado, rindo cheio de simpatia para minha pessoa. Meio sem graça olhei, cumprimentei, tentei dar uma disfarçada básica até que ele me abre a boca e solta, cheio de gracinha: "Eu te conheço!" Putz. Fudeu.
Como se não bastasse me vêm outro lá de dentro segurando uma foto e me pergunta, reconhece essa pessoa aqui nesta foto? Pronto, fudeu de vez. Será que vim aqui com outro namorado?! Caraaaaalho, vim sim. Fazer o que, respirei fundo, fiz cara de simpática e vamos lá: "Quem?" Acho que quando vi que era a foto da confraternização de fim de ano da turma minha fisionomia deve ter mudado completamente.
Falando de outras coisas, o cara que vende bombom lá na frente da faculdade. Há um tempo atrás eu passei, cumprimentei e ele veio todo, todo: "Moça, não é que você esmagreceu muito!". É sempre bom escutar que esmagreceu, mas não na frente de um monte de desconhecidos que param e ficam olhando pra você pra ver sua reação. E eu não estava a mais magrinha não, antes eu devia estar a Orca.
Outro dia cheguei no serviço e um moço veio puxar conversa comigo. PRI-MEI-RA pergunta que ele me faz "Moça, você está grávida?". Imaginem minha cara de pastel. O pior é a pessoa tentando consertar. Caramba, nem estou cheinha assim não, mas já marquei endocrinologista, nutricionista, psicólogo, fiz matrícula na academia de novo... Por via das dúvidas...
Outro cara bacana é o supervisor do Pronto-Socorro onde costumo ir. Ele faz eu me sentir uma hipocondríaca. Toda vez que chego lá, ele me vê e vem todo simpático:"Oi, tudo bem? Veio consultar de novo?". E nessa todos, até os médicos entram na mesma onda...
O mais engraçado, é que os íntimos mais inconevientes são aqueles que não tem intimidade NE-NHU-MA com você, já percebeu?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Aos moços

Queridos homens,
Eu sei que saber aproximar-se de uma pessoa do sexo oposto ( no caso de vocês, das mulheres ) não é tarefa fácil. Ok, eu sei que alguns tiram de letra, mas outros muitos têm alguma dificuldade pra isso e a grande maioria acha que sabe.
Como mulher e alvo das piores cantadas possível, eu me reservo no direito de tentar dar alguns palpites acerca do assunto, uma tentativa fadada ao insucesso de tentar nos poupar de umas tantas furadas e também tentar salvar a pele de alguns de vocês. Sou brasileira e não desisto nunca. Nunca mesmo.
Lição nº 01:
NUNCA, NUNCA, NUNCA aproximem-se de uma mulher perguntando se ela está grávida. Aliás, NUNCA perguntem a uma mulher se ela está grávida. N-U-N-C-A. Porque se ela está grávida de forma perceptível, indubitável, clara e óbvia, a pergunta é desnecessária e imbecil. Se a pergunta for fundada em uma mera suspeita, tenha toda certeza do mundo de que a pergunta é idiota. Essa não é a melhor forma de saber se a pessoa é comprometida, se por algum acaso da vida essa idéia infeliz te passou pela cabeça. Um "oi, tudo bem?" com certeza cai bem melhor do isso.
Lição nº 02:
Não opte por cantadinhas do tipo engraçadinhas, a não ser que você REALMENTE seja engraçado. Não tem coisa pior que você escutar esse tipo de cantada. De duas uma, ou ficamos paradas com cara de pastel esperando que vocês terminem ( normalmente o engraçadinho já terminou quando chegamos nessa etapa ) ou começamos a gargalhar na sua frente. Eu sei que isso é feio, mas mais feia com certeza foi a cantada.
Outro dia uma amiga teve que escutar algo do tipo "Ei! Sabia que você mora pertinhio da minha mãe?", "Hã???", "É. aqui deste ladinho do meu coração". Por favor, pessoal... Menos. Depois reclamam que as mulheres andam sem senso de humor.
Lição nº 03:
Se você é homem, isso deve ( ou pelo menos espera-se que seja ) um fato visível. Não precisa se esforçar pra mostrar. Gírias demais, idéias de menos, coçadas de saco, piadinhas machistas sem-graça... Nada disso reafirma a masculinidade de vocês. Assim como vocês não precisam mostrar que rasgam dinheiro, que têm aquele carro, isso não ajuda se você estiver querendo impressionar uma mulher. Eu disse mulher, porque existem outros produtos bem mais abundantes aí pelo mercado que sentem atração por essas coisas. Ninguém vai te pedir um autógrafo porque você gastou R$600,00 numa noitada em bebida nem porque o som do seu carro custou mais de R$5.000,00.
Lição nº 04:
Quem foi que disse que romantismo está fora de moda?! O cara ser bonzinho, educado, carinhoso, atencioso não sai de moda nunca. Nem faz dele um bobão. Tem uns que dizem por aí que ouvir que são bonzinhos não é bom, porque a mulher não dá valor. Bom, depende do tipo de mulher que vocês procuram. Lógico, gosto é que nem braço, tem uns que nem tem. Da minha parte eu digo: mandem flores, levem pra jantar, abram a porta do carro, surpreendam de vez em quando. Não precisa ser um buquê de rosas, uma margarida do jardim da vizinha já vale, não precisa de um jantar num restaurante caríssimo, às vezes um sanduíche já conta... ou até um mexidão que você fez em casa correndo só porque ela estava com fome. Tente, invente, faça alguma coisa diferente!

sábado, 16 de maio de 2009

Nada

Não existe um olhar mais sincero de uma pessoa apaixonada.
Não existe um olhar mais cheio de esperança que de uma pessoa que ama.
Um olhar cheio de infinito, de sonhos, de incertezas, de vontade.
Um olhar que mostra tudo mesmo que não se queira ver nada. Aliás, não importa ver mais nada, não importa saber mais nada porque tudo que se quer está ali mesmo e, mesmo se não estiver, quem se importa, o que interessa?
Um olhar que como porta da alma, mostra todo medo e toda coragem, mesmo aqueles que você nunca imaginou que pudesse ter: o medo de estar só, o medo de perder quem se quer, o medo de não conseguir. Não conseguir ser suficiente, não conseguir amar, não conseguir que te amem, de não conseguir sentir, de não conseguir seguir. A coragem de enfrentar o mundo, de ser quem nem sabia que era, de assumir o que sente mesmo sem entender, de não querer preocupar-se com os porquês, de só sentir e ser.
Uma coragem cheia de dor que enche nosso peito e transborda de nossos olhos e que de repente enchem a vida de outra pessoa de ternura e de segurança. Transborda tanto, tanto, que forma um oceano infinito de esperança e de planos. E esse oceano é tão infinito que não se consegue ver seu começo nem onde ele termina.
E isso também não importa. Nao importa de onde vem, nem aonde vai parar. Só importa sentir, até quando puder.
E mesmo quando não puder mais, quando não der, mais ainda se permitir sentir. Sentir sem fim um sentimento que já não é mais nosso.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Homens


Homem é um bicho esquisito. Não ficam pra trás das mulheres em matéria de complicação. E já estão começando a assumir isso.
É incrível como eles sempre têm querem sair por cima das situações.
Eles são os mestres em tentar dar aquela de espertalhão e no final das contas dar com os burros n'água, como descobrir aquele atalho pra encurtar uma viagem em trinta minutos, se perder e demorar mais três horas pra se achar. Ter certeza que sabe o caminho também é outra atitude clássica dos homens. Não querer pedir informações também. E lá se vão quatro horas de atraso.
Acham que sabem resolver tudo. A descarga que não funciona, o puxador do armário que caiu, o fogão que não está funcionando, o computador que deu pau, o chuveiro que queimou. São os verdadeiros homens-bombril. Meus amores, adoramos quando vocês se oferecem pra consertar alguma coisa. Mas aceitem, vocês não são o Mcgyver. Vocês não sabem fazer uma bomba com um chiclete e um canivete.
É adorável como como os homens tentam dar um jeitinho nas coisas. Não querendo desfazer de vocês, mas nós mulheres somos melhores nisso. Quantas vezes você já não ouviu no meio de um confusão aquela famosa frase: "Pode deixar, vou resolver isso A-GO-RA!". Cinco minutos de conversa depois e o dito cujo já perdeu a calma. Paciência e delicadeza, definitivamente, não são das suas grandes virtudes.
É divertido também como eles acham que sabem fazer tudo de uma maneira mais rápida e mais prática que nós. Certo, às vezes funciona. Muitas vezes não. Também é divertido, porque sempre esquecem de algum detalhe ( importante ) no meio do caminho.
Outra coisa muito engraçada. Você já experimentou falar pra um homem que você não se importa que ele saia com amigos, que ele não precisa dar satisfações a você ou que vocês não têm compromisso, então não tem o porquê de um ficar cobrando nada do outro? O maior sonho de um homem, certo? Certíssimo, se fosse ele quem estivesse falando. O último com quem falei isso ainda brigou comigo dizendo que a coisa não esculhambada assim não. Do mesmo que um outro ex-namorado ficou indiganado comigo quando veio me pedir 'um tempo' eu respondi que era melhor terminar de vez: 'não dá pra conversar com você, tá vendo? já quer termninar!'
Vocês acreditam? Vai entender...




Só soube de uma mulher até hoje que conseguiu entender os homens.
Pena que ela morreu de rir antes de explicar pra mais alguém.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aos cães


Hoje sonhei com a Bianca, minha cachorrinha. Ela se foi há uns dois anos. Na mesma época também fiquei sem o Ted. Ela era uma poodlezinha linda, já estava comigo há uns 12 anos e o Ted era o yorkshire mais querido do mundo. Hoje só a Bebel me faz companhia.

As pessoas às vezes ficam admiradas com o amor que tenho pelos meus bichos e eu não tenho vergonha nenhuma de afirma que eles merecem meu carinho e muito mais que muitas pessoas que já passaram em minha vida. Uma vez, quando era moleca, assisti um desenho que se chamava Todos os cães merecem o céu. E até hoje eu concordo com isso.

Cão é tudo de bom. Quem diz que eles não são inteligentes, com certeza nunca tiveram um. É adorável a sinceridade com que nos olham, a alegria com a qual eles nos recebem quando chegamos em casa, o jeito que sentam esperando um pouco de atenção. A forma como eles abanam no rabinho pra mostrar que estão satisfeitos. A forma que latem tentando chamar nossa atenção.

Eu lembro do jeitinho de cada um deles tentar me consolar quando fico triste. O jeito de cada um deles se ajeitar no meu cantinho pra dormir um pouquinho comigo antes de eu sair pra trabalhar.
É engraçado o jeito que eles têm de tentar nos defender, de tentar brigar com quem tenta nos acordar: latem e pulam por cima de gente como quem diz "não se aproxime!".

São como crianças, mas diferentemente delas, eles não perdem a inocência nunca. São como anjinhos que nos acompanham por toda sua vida, nos velando, nos alegrando, nos acompanhando.

Poucas pessoas em nossa vida são tão leais quanto um cão. Pra eles não importam se você é rico, pobre, se está de bom ou mau humor, se você é meio abrutalhado ou extremamente meloso. Eles nos amam exatamente como somos. Sabem receber nosso carinho do jeito que podemos dar. Tem toda coragem do mundo pra nos defender do que quer que seja e nunca se afastam de você por pior que seja a situação em que você se encontra.

O amor deles por nós é tão sincero que em troca só pedem umas migalhas de atenção e cuidado.

Quem nunca teve um cão, não tem idéia do que estou falando.