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Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tudo

Nunca imaginei que fosse tão difícil voltar a escrever. É aquela velha história, a predisposição, ou a vontade mesmo, de se fazer determinada coisa é sempre inversamente proporcional ao tempo que se tem livre. Aliás, é engraçado eu falar isso agora. Desde meu segundo grau tenho meus três turnos do dia ocupados com aula e trabalho, agora que só tenho um turno compromissado, parece que não encontro tempo pra mais nada.

Sabe aquela fase em que você tem um monte de coisas pra fazer, mas quando pára para enumerá-las não sai da segunda coisa? E mesmo assim parece que você tem o mundo pra salvar? É bem isso. De repente você tem tanta coisa nas mãos, tantos sonhos, tantos planos, mas não consegue saber o que tem. Ou o que se é de fato. Ou o que se deve ser.
Justificar
Por enquanto sigo sendo esse poço de dúvidas, como numa adolescência tardia. Meio perdida, meio encaminhada, cheia de dúvidas, mas com uma leve certeza do que busco: a felicidade. Resposta infantil, não acham? Mas o que mais alguém pode querer da vida? O difícil é saber como encontrá-la. Não, mais apropriado dizer: como construí-la.

Ela pode ser construída pedrinha por pedrinha, com pedacinhos de madeira, com toras enormes, com concreto e aço, de algodão, de cetim, de doces... Cada um escolhe como deve ser sua felicidade. Seria muito fácil entrar no google colocar "felicidade como encontrar" e de repente ter a resposta pra dúvida mais agoniante da humanidade. Mas a felicidade é única. E personalizada.

Seria muito menos complicado se cada um de nós nascessemos com um roteiro de vida pre estabelecido e nos coubesse simplesmente interpretar aquele personagem. Seria muito mais simples se não tivéssemos problemas, dúvidas, medos. Mas qual seria a graça da vida? Onde ficariam as emoções? O que seriam das paixões? E os amores?

Ah, os amores... De toda insegurança que permeia a vida, o amor é a maior delas e é justamente ele que faz todo o resto valer a pena. O amor que afasta nossos medos, nossas angústias, nossa solidão. E num piscar de olhos você percebe que não anda mais sozinho. O amor que se renova em nossas vidas a cada dia, os diversos tipos de amores que vão se completando ao longo dessa novela. É isso que nos alimenta.

Quem não se permite conhecer o amor, em todas suas formas, não consegue encontrar mais nada em sua vida. E é por isso que se deve sempre ter direito a errar, a arriscar, a exagerar. É assim que se aprende. É assim que se experimenta. É assim que se aprende a viver.


"Se o amor é fantasia, me encontro ultimamente em pleno carnaval."
( Vinícius de Morais )