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Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

Procurando alguma coisa?

domingo, 26 de julho de 2009

Um belo dia resolvi mudar

"Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer, me libertei daquela vida vulgar que eu levava estando junto a você..."


Bom, no meu caso não existe você. Aliás, esse "você" eu posso de chamar de busca. E quer saber, eu cansei de buscar. Eu também cansei de esperar.

Acho que estou entrando naquela da crise dos trinta... Eu tenho duas opções, continuar com essa vidinha sem viver direito ou me jogar. Eu resolvir me jogar.

Também me cansei de viver regulando cada passo meu com medo do que um ou outro vai achar. Poxa, eu não faço nada de ilegal, nem de imoral ( que engorda eu faço sim... e adoooooro ), então pra que ficar toda recalcada?

Calma, ninguém está fazendo apologia à vida de porra-loca não, não consigo nem passar perto de ser um tiquinho assim. Mas tenho meu jeito meio impulsivo, decidido, impaciente, sonhador, romântico, idealista. Eu gosto das coisas certas, nas horas certas e de aproveitar as oportunidades certas: que mal há nisso?

Sabe aquele momento na sua vida que você quer mais? Cansei do morno, do quase, dos "será". O tempo passa e eu quero tudo. Eu acho que quero ser.

Pode ser meio egoísta, mas eu quero ser, não, eu preciso ser menos a amiga meio mãe dos outros, a namorada de alguém, a filha de fulano, a irmã de ciclano. Cansei de ser meio que uma estrela de outros planetas.

Eu quero ser o centro, eu quero estrelas em minha volta. Eu quero minha vida comigo no papel principal e que os outros... Ah! Que os outros aprendam um pouco a ficar na platéia, me aplaudindo ou vaiando. Mas com uma condição: os expectadores não interferem no espetáculo, minha vida não é um show interativo.

E quero voltar a viver assim, a partir de hoje. Uma coisa de cada vez, sem roteiro certo, bem assim: no improviso. E digo mais: eu posso tudo. Posso ser o que eu quiser, posso ter o que eu quiser, posso viver como eu quiser, só depende de mim.

E você, anda, como eu, muito ocupado em iluminar a vida dos outros ou já se tornou o centro do seu sistema solar?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Dieta e exercícios físicos

Ontem resolvi me matricular na academia ( de novo ).


Resultado: tive que me submeter mais uma vez àquela tortura chamada avaliação física.

Olha, eu já não sou lá muito fã de academia ( aliás, de exercícios físicos ), mas essa tal de avaliação mata. Eu acho lindo ficar de top e short esperando ter todos seus queridos pneuzinhos medidos pra depois escutar que você está gordinha. Isso é de lascar. E a hora do tal teste de elasticidade então? "Estique suas pernas e flexione o tronco pra frente o máximo que puder... Pode esticar...". "Já estiquei.". Hoje já estou alongada pro mês!

Pois é... Eu odeio mas preciso malhar. Posso ser sincera? Só quero emagrecer pra poder comer um tantão de coisa gostosa sem ( muita ) culpa. Vai dizer, tem coisa melhor que comer??? Nem adianta me vir com essa de que tem sim. Não tem não. Se você tem vontade de comer pizza, chocolate, sushi ou qualquer coisa é só comprar e comer, pronto! A comida não tem que gostar de você, você não tem que agradar ela, ela não reclama e você não tem que ficar procurando a comida ideal! Olha só que maravilha!

Deviam inventar uma comida que emagrecesse, imagina que delícia! Comer, comer, comer e emagrecer. Tudo de bom. Porque vou te contar, fazer dieta é uma merda ( com o perdão da palavra ). Dieta e exercício. Tá, eu sei, tudo isso faz parte de um estilo de vida saudável. Mas é um saquinho. Já pensou se comer hamburguer, pizza, batata frita, bacon fizesse bem à saúde?!

Agora, o engraçado é esse tanto de remédio que vendem por aí pra emagrecer. Shakes, chás, complementos, suplementos... E cremes??? Redutores de medidas, de celulite, redutor de tudo quanto é coisa, inclusive do seu dinheiro ( sim, porque gasta uma nota com isso tudo! ). Você se lambusa de creme, passa o dia todo com um sakezinho de almoço, toma não sei quantas pílulas pra depois ler na embalagem: para obter o resultado esperado esse produto deve ser aliado à uma dieta balanceada e á prática regular de exercícios físicos. Caramba, se eu tiver uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos regularmente eu não preciso de nenhuma dessas porcarias, concorda?

Eu fico indignada com essas coisas. Onde está a tecnologia sendo utilizada em favor de nós, os gordinhos neuróticos??? Ser gordinho não é só na balança não, viu? Começa muitas vezes na cabeça... E a minha eu até quero que emagreça, um poquinho só.

Afinal, tudo que é bom é imoral, ilegal ou engorda!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ed. Málaga

Hoje visitei o lugar que morei até meus 18 anos. Sempre vou a botecos lá, até visito alguns amigos na mesma quadra. Mas há mais de 6 anos não volto ao Ed. Málaga. Ex-prédio funcional ( em Brasília existia muito isso ), cresci brincando debaixo do bloco no meio de uma turma de uns 20 moleques.

Brasília sempre foi cidade grande com jeito de cidade do interior. Passei minha infância subindo em árvore, estourando bombinha, brincando de bet, de reloginho, de elástico, de boneca, de pique-esconde, pique-pega, pique-bandeirinha e todos os outros pique-não-sei-o-que que já inventaram.
Hoje, no lugar do gramado onde jogávamos bola e onde eu brincava com a Bianca ( minha poodlezinha ), existe um prédio enorme. As árvores em que costumava subir cresceram mais que eu e hoje não alcanço um galho sequer. Não há mais o banco que ficava defronte à minha sacada e onde passávamos horas conversando, já na adolescência.

Foi por ali que comecei a namorar, a me interessar pelos garotos, onde aprendi a gostar de música, de dançar e o que é ter amigos. Aliás, destes só duas ainda moram ali. Na quadra não se vê mais crianças como éramos.
Deve ser a modernidade chegando.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Primeiros erros

As primeiras vezes a gente nunca esquece.
Meu primeiro beijo aconteceu no alto dos meus 12 anos de idade com um mocinho que se chamava João Victor, pelas última notícias que tive, pastor João Victor. Lembro como hoje. Foi na Escola Parque da 210/211 norte, na frente do colégio inteiro. E a contragosto meu. Não gostava dele, gostava do Anderson... Ficamos ficando um bom tempo. Na época a gente chamava de rolo. E enquanto beijava meu primeiro beijo, sofria pela minha primeira paixão.
O Anderson não estudava comigo, ele era mais velho. Morava perto lá de casa. Tocava baixo, tinha uma banda de música baiana. Como ficava encantada quando tocavam Dia dos Namorados! Ai, ai... Era só suspiros. Mas eu era birrenta e ele, marrento. Nunca nos beijamos. Só fomos nos falar pessoalmente uns 8 anos depois num show. Foi quando eu tive certeza de que ele também gostava de mim. “Claro que lembro de você, você é inesquecível”, foi o que ele disse quando me espantei por ele ter chamado meu nome.
Minha primeira paixão só passou quando aconteceu meu primeiro amor, aos 14 anos de idade. E com isso também acabou o João Victor.
Primeiro namorado. E também primeira namorada. Nos conhecemos no carnaval. No início era aquele namoro escondido, com medo dos pais, regado a cartas e bilhetinhos, naquele leva e trás infinito com a ajuda dos amigos. Depois, descoberto pela mãe com direito a todo aquele drama que só nessa fase da vida nós fazemos.
O mundo parecia que ia acabar se não pudéssemos estar juntos. Aprendemos muita coisa e o mais importante: que o amor anda junto com o respeito. Não era como os namoricos das adolescentes de hoje, com direito a tudo e mais um pouco. Namoro à moda antiga, que na verdade, não sai de moda nunca. Reclamávamos muito. Sofríamos mais ainda. Os eternos incompreendidos pelo mundo.
Talvez o que nos faltava era justamente compreender melhor muita coisa. Aquilo que chamamos de experiência e que a gente só aprende vivendo. Um dia de cada vez. Uma paixão de cada vez.
P.S.: Engraçado, escrevi isso tudo ontem e deixei pra publicar somente hoje. De noitinha fui ao comércio, enquanto esperava o sinal fechar avistei minha primeira paixão do outro lado da pista. Isso, o Anderson. A vida prega algumas peças de vez em quando. nenhum dos dois mora mais no mesmo lugar. Parece que só quis promover um encontro completamente improvável pra me fazer sentir aquele friozinho na barriga. E nós, mais uma vez não nos falamos. Mas nos reconhecemos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Faxina

Hoje eu vou escrever sobre nada. Sim, porque não estou com um pingo de vontade de pensar, muito menos raciocinar. Aliás, é engraçado que nem sentir hoje estou sentindo.

Isso é preocupante? Não, não acredito que seja. É que às vezes sou como aqueles rios que em época de chuva aumentam de volume até transbordar, e depois voltam ao seu leito deixando aquele vazio cheio de resto.

Parece que meus últimos dias estão cheios de restos. Restos de lembranças, de problemas, de preocupações, de amores... Nada inteiro.

É... Meus dias estão precisando de uma boa faxina. Guardar bem guardadas aquelas lembranças que valham a pena serem lembradas, jogar fora aquele tanto de tranqueira que não serve mais pra nada, colocar na estante tudo aquilo que for útil.

É hora de tudo novo. Novos dias, novas preocupações, novas paixões e até novos problemas. Depois a gente faz outra faxina e assim vai.
Fazer o que? Nada é permanente nessa vida mesmo... Nem a gente mesmo.