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Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

Procurando alguma coisa?

terça-feira, 30 de junho de 2009

TPM

Tente Pertubar Menos. Pleeeaaaaseeeeee...
Desculpem o desabafo de ontem à noite ( não que tenha mudado muita coisa )... É que às vezes cansa o fingir que está tudo certinho. Essa coisa de ficar esperando que as coisas dêem certo também enche o saco de vez em quando.
Não rasgo dinheiro nem jogo pedra nos outros, mas de louco todo mundo tem um pouco. Esse papo de deixa a vida me levar é bacana, mas tem horas que a gente quer ir pra um lado e ela teima em nos levar pra outro. Aí fica difícil.
Remar contra a maré não é fácil não, mas mais complicado ainda é descobrir qual é a maré. Muitas vezes o que a gente quer não é o melhor, a gente só acha isso. Eu falo por mim, o orgulho às vezes prega peças. Sou teimosa, assumo isso. Teimosa e insistente. Não tenta me por rédea, não funciono desse jeito. Eu só sei fazer o que aceito fazer e não o quem querem que eu faça. Não que eu só faça o que me dá na telha, pelo contrário, faço tudo que me pedem porque não si dizer não. Isso me faz mal.
Dizer não pras pessoas me deixa com consciência pesada. Dizem que eu tenho mania de querer abraçar o mundo com as pernas. O que acaba comigo é essa minha necessidade infinita de agradar os outros, de querer me sentir útil. Isso me esgota, às vezes.
Estou cansada esses dias... Vou colar alguns cartazes por aí: PRECISA-SE DE COLO.
Só quero descansar disso tudo um pouco. Depois passa.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bad hair day

Olha, avisa que minha falta de sorte está só começando! Que eu não sou cagada de urubu, sou cagada e meia.
É foda. Desculpe, eu sei que não deveria falar esse tipo de coisa, mas não tem expressão melhor pra ser usada no momento.
Antes do príncipe encantado vem uma cavalaria inteira??? Me mandaram foi um batalhão de reconhecimento. Eu desis-t-o-to. Já não me basta o tanto de problema que eu tenho pra resolver em todos os outros setores da minha vida. Eu já me coloco em confusão demais sozinha, nã preciso de mais ninguém não.
Aliás, só pra ME lembrar: foi por isso que eu desisti de um noivado! Pra cuidar SOZINHA da minha vida.
E ai de quem me vier dizer que ficar falando essas coisas atrai má sorte. Passa um dia comigo depois me conta se eu preciso de mais uma dose de azar!
Isa, este post é em sua homenagem... curto! rs

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cagada de urubu


Bom, lá pelos lados da minha família a gente costuma dizer que a pessoa é cagada de urubu quando ela é muito azarada. Ou seja, desde pequena sou cagada de urubu.

Eu estou começando a acreditar de fato que meu azar em relacionamentos é praga de ex-namorado.

Já contei a incrível história dos dois bolos que levei no mesmo final de semana de um mesmo Zé Ruela? Enfim. Não sou de providenciar muita coisa especial pra um encontro não, mesmo porque isso é coisa rara de acontecer. Neste dia, óbvio, até ao salão fazer escova eu fui. Vestido novo e o escambal. Lei de Murphy: aos 47 minutos do segundo tempo o fulano me informa que está adoentado e com febre. E eu toda arrumada. Me desculpe, não consigo ficar muito tempo com as coisas engasgadas e reclamei mesmo da falta de consideração e por ter me deixado esperando até as 21:00. No outro dia o bunitão me pede desculpa e diz que marcasse qualquer coisa no domingo que ele não iria me decepcionar. A sonsa aqui ainda preparou jantar com sobremesa e tudo, só porque ele estava adoentadinho... E vestido novo. Questão de honra impressionar o carinha. Adivinha??? Ele te ligou? Nem pra mim.

Tudo bem, acontece. Comigo principalmente.

O tempo passou e conheci um outro ciclano. Uma figura. Dançou thriller pra mim quando nos conhecemos. Em três semanas caiu da escada e quebrou o joelho. Depois, foi até Goiânia fazer vôo de teste em um avião e o trem de pouso não funcionou, aterrissagem na lata, literalmente. Deve ter bem um mês que nos vemos. Me liga hoje pra saber como eu estou ( marcar aquela presença básica ) e me dizer que está a três dias de cama com pneumonia.

Há umas duas semanas conheci um tchutchuquinho, uma gracinha de pessoa. Até disse que ia no aniversário da minha melhor amiga comigo! Mas adivinha o que aconteceu??? Adoeceu. Pelo menos ele me procurou pra dizer isso depois do bolo. Ponto pra ele. Não, meio ponto. Bolo é bolo. Mas eu gostei dele.

As pessoas falam que eu acredito em toda desculpa que me dão. Bom, sempre respeitei o princípio da presunção de inocência nestes casos. Agora me diz, que praga é essa? Já perdeu a graça. Todo mundo brinca: o importante é ter saúde! Caramba, nem isso comigo anda funcionando?!

Quem souber de uma benzedeira ( das boas, por favor ), entre em contato urgente!


P.S.: Só pra descontrair mais um pouco. Tentei pedir pizza de novo. Dessa vez nenhum telefone me atendeu e o que atendeu demorava uma hora pra entregar ( eu fui prevenida desta vez, liguei às 14:30 pra ver se chegava até as 16:00 ). Depois de fazer uma enquete e apurar que queríamos pizza de frango com catupiry, liguei, informei nome, telefone, endereço, ponto de referência... E adivinha? "Moça, não estamos tendo frango hoje." Quer que acrescente mais alguma coisa?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em construção


Me incomoda essa tranqüilidade inquieta de quem está sempre tentando ser alguém que ainda não existe. Quanto tempo já gastei tentando ser? E hoje sou isso, meio que uma metade perdida no meio do caminho. Dois erros nesta frase: não sei se chego a ser metade de alguma coisa ou se estou me completando deste jeito perdido mesmo; também não sei se estou no meio do caminho, andei pegando alguns atalhos por aí a fora, devo estar mais perto de chegar do que imagino.

Enfim, gosto de ser que sou hoje, apesar dos pesares e da mochila pesada de lembranças ( muitas vezes mais más que boas ). Sou uma pessoa em construção, ou em reforma, não sei ao certo. Só sei que não estou satisfeita. Me falta muita coisa e a parte mais importante: a falta coragem de ser por inteiro. Não tenho mais disposição de ser morna: tenho que ser quente ou fria, uma coisa ou outra. O quase não me é atraente e me cansa.

Eu quero mais. Eu quero tudo. Eu quero a vida. Inteira.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Minhas metades

Eu só toco a campainha um vez. Só deixo o telefone chamar três vezes. Só espero o telefone tocar uma vez antes de atender. Só procuro alguém uma ou duas vezes. Só corrijo alguém na terceira vez. Se errar de novo, só aviso que não reclamo mais.

Quem me conhece sabe: impulsiva e ansiosa. Essa sou eu. A outra parte é mais divetida e menos estressada. Com tudo. Não suporto esperar a atitude de alguém, nem ter que pedir um favor mais de uma vez. Eu faço. Não sou boa em delegar qualquer tipo de tarefa. Não sei esperar. Eu sei, isso acaba com a pessoa: com a minha pessoa com a pobre da pessoa que tem que me aturar.

Eu não gosto de depender de ninguém. Isso é engraçado, porque também não gosto de ficar sozinha. Eu não sei ficar sozinha. Me faz falta ter pra onde correr, sabe, aquele porto seguro. É como se uma parte de mim não combinasse com a outra. Ou como uma parte tentasse compensar a outra.

Nem sei. Sei que uma metade quer ser sozinha e a outra precisa quer estar acompanhada. No momento nem uma, nem a outra estão satisfeitas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mulheres...

Eu não entendo. Homem não gosta de mulher que corre atrás, de mulher fresca, de mulher melosa, de mulher dependente. Mas também se assusta com mulher independente, que se impõe, que é durona.

A mulher moderna, infelizmente é isso tudo. É romântica, mas decidida. Gosta de gentilezas e de mimos, mas corre atrás do que quer. Tem horas que precisa ser protegida, apesar de ser completamente independente.

A mulher moderna não tem vergonha de correr atrás do que quer, seja um sapato, um emprego, um carinha qualquer. Do mesmo jeito, choramos, nos enchemos de chocolate, enchemos a cara porque levamos um fora ou até mesmo porque não atenderam o telefone. Brigamos, esperneamos e damos nossa cara a tapa pra defender um ideal ou alguém de quem gostamos.
Somos independentes e bem resolvidas, mas morremos de insegurança de vez em quando. Carregamos o mundo nas costas, mas desabamos quando não conseguimos achar a roupa certa pra aquele encontro especial.

Mulher é difícil de entender mesmo.
Agora, difícil de verdade é saber o que vocês esperam da gente. Pode ter certeza que isso sim, nos deixa confusa.

domingo, 21 de junho de 2009

Utilidade Pública!

Se eu fosse você, leria até ó fim.

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?). O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.

Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.

Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também pára de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' Lei de Murphy. Sempre dá merda. Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão e pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. OBS: Isso me emputece. Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? Na porra do pé! Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc. Eu não faço, mas conheço quem faça. E nessa se vai mais uma hora do seu dia.

Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia. Ou ainda uma lingerie especial, dependendo da ocasião. Pronto, mais horas do dia. Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping.

Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, buço, virilha, sobrancelha, etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah, sim, você vai dormir COM FOME. A dieta do queijo continua.

Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar). Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso.

Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber. Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.

E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, as 'Madames' só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que 'Madame' abra a boca e diga 'sei lá, normal, roupa normal'. Eles não sabem que isso não ajuda em nada.

Escolhida a roupa, com a resignação de que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com 's', né? deveria ser com 'x'), etc. E o cabelo? Bom, por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem a chapinha, prancha e/ou secador.

Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Melhor nem contar tudo que eu faço em matéria de maquiagem, se não vocês vão me achar maluca, digo, mais maluca. Como dizia Napoleão Bonaparte, 'Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem'. Considerando que não faço uso das primeiras, me permito abusar da segunda. Se você for uma pessoa normal, não perde nem vinte minutos passando maquiagem.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa e gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'. O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da ligerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'.

Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível.

Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar?' Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra... me custou muito caro! Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Eu sei, eu sei, materialista do caralho. Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica.

Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma...

Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo 'banho de lua'), fazer drenagem linfática, baby liss... enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele? É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...' começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação. Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? 'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'. Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muuuuiiiiiiito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essa altura, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!

Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra'). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha (que por sinal custou muito caro) atochada no rego para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4? Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri, eu penso: 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo mesmo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa.............................................................R$100,00

Ligerie.............................................................R$80,00

Maquiagem.....................................................R$50,00

Sapato............................................................R$100,00

Depilação........................................................R$60,00

Mão e pé.........................................................R$30,00

Perfume...........................................................R$50,00

Pílula anticoncepcional......................................R$30,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$500 para sair com um Zé Ruela. A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Bichos amigos

Eu não acredito em quem maltrata qualquer tipo de bicho. Na verdade, eu não confio em quem judia deles. Quem tem coragem de maltratar um cão, um gato,. um passarinho na minha opinião não tem coração. Isso também vale pra aqueles que não se importam de simplesmente abandonar seu animal no meio do mato, na beira de uma estrada.
Quando saio de casa e vejo aquele olhar comprido da Bebel já me corta o coração. Não entendo quem consiga deixar um companheiro pra trás sem sentir remorso. Companheiro sim, porque mesmo que a pessoa não o considere um amigo, o animal com certeza a considera.
E não me venha com conversa de que animal não tem sentimento, que não entende nada. Entende sim e tem muito mais sentimento que muita gente que anda por aí.

Mais dois sites sobre defesa dos animais domésticos e adoção:

http://www.institutoninarosa.org.br/

http://www.olharanimal.net/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Algo mais

"Se você não é nenhuma Gisele Bündchen, não há motivo para sedesesperar em frente ao espelho. Quem dera ser uma deusa, mas nãosendo, há chance de ser incluída no time das interessantes. Junte novelindas e uma mulher interessante e será ela quem vai se destacar entreas representantes do marasmo estético. Perfeição, você sabe, entedia.
Mulher interessante é aquela que não nasceu com tudo no lugar, a nãoser a cabeça - e, às vezes, nem isso, pois as malucas também têm umcharme diabólico. A mulher interessante não é propriamente bonita, mastem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos, umamalícia que inquieta a todos quando sorri - e um nariz diferente. Sãotambém conhecidas como feias bonitas.
Eu poderia citar um batalhão de feias bonitas que, aqui no Brasil, sãopúblicas e notórias, mas vá que elas não considerem isso um elogio.Então vou dar um exemplo clássico que vive a quilômetros de distância:Sarah Jessica Parker. É uma feia lindona. Uma feia classuda. Uma feiasurpreendente. Adoro este tipo de visual. Mulheres com rostos difíceisde classificar, que não se enquadram em nenhum padrão.
Quando Meryl Streep estreou como coadjuvante em Manhattan, filme deWoody Allen, chamou a atenção não só pelo talento, mas pelo seu arblasé, seu porte altivo e uma sobrancelha que arqueavainterrogativamente, como se perguntasse: e aí, você já decidiu se lheagrado ou não? Paralisante.
Esse gênero de mulher não figura nos anúncios da Lancôme e não possuium rosto desenhado com fita métrica: olhos, boca e nariz a umadistância equilibrada um dos outros. Nada disso. A feia bonita éaquela que não causa uma excelente impressão à primeira vista. Aocontrário, causa estranhamento. As pessoas se questionam. O que é queessa mulher tem? Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.
Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas. Não dápara encomendar num consultório de cirurgia plástica. Não adiantamusculação, dieta, hidratantes. Feias bonitas têm a boca larga demais.Ou um leve estrabismo. Ou um nariz adunco. Ou seja, este algo que elastêm é algo errado. Mas que funciona escandalosamente bem.
E há aquelas que não têm nada de errado, mas também nada de relevante.Um zero a zero completo, e ainda assim se destacam. Um exemplo? Aquelamenina que atuou em Homem-Aranha e Maria Antonieta, a Kirsten Dunst.Jamais será uma Michelle Pfiefer, mas a menina tem algo. Quem deraesse algo fosse vendido em frascos nos freeshops da vida.
Se o fato de ser uma feia bonita é, digamos, uma ótima compensação,ser um feio bonito é o prêmio máximo. Não sei se você concorda, maseles são mais atraentes que os bonitos bonitos. Não que seja tolerávelum narigão num homem: ele tem que ter um! Nada de baby face. Éobrigatório uma cicatriz, ou um queixo pronunciado, um olhar caído.Você está lembrando de um monte de cafajestes, eu sei. Ou de um montede italianos. É esse tipo mesmo, você pegou o espírito da coisa.
Feias bonitas e feios bonitos tornam a vida mais generosa,democrática, divertida e interessante. Não podemos ter tudo, mas algose pode ter." ( desconhecido )

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados



Bom, começo este post com uma frase ótima:

"Se o dia é dos namorados, a noite é dos solteiros."

Hoje eu não vou receber flores nem vão me levar pra jantar, ou pra lanchar, ou pra dar um mero rolé no shopping. Não que meus outros dias dos namorados tenham sido muito diferentes. Inclusive ano passado gastei uma grana em interurbano pra mandar flores, cesta de café da manhã, telegrama... E recebi um buquê de rosas que minha cunhada enviou a pedido do falecido. Quinze dias em função de fazer tudo certinho e bonitinho. E ele me faz uma coisa daquelas estampadas "putz, esqueci! maninha, quebra meu galho aí!". É foda.

Mas enfim, não vou ficar lamentando. Mesmo porque tenho lamentado com ou sem namorado, anda triste a situação. Se eu tivesse colocado Santo Antônio de ponta cabeça no feijão, ele estaria obeso. De qualquer forma, antes passar o dia dos namorados solteira que o carnaval namorando. Sobre o dia de hoje, nem tenho muito o que falar. Não tenho namorado. Mas sobre esta noite...

Quem tem azar é azarado e quem tem sorte é SORTERO!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Só comigo...

Eu ainda não defini se a regra que orienta minha vida é a lei de Murphy ou se sou vítima da minha própria lerdeza. Ou se são as duas coisas juntas.
Há um mês marquei uma consulta com um nutricionista. Acordei cedo hoje pra não me atrasar. Fiz minha horinha básica de bicicleta ergométrica, fui escrever minha monografia... Tudo dentro do cronograma que havia estabelecido na minha cabeça.
11:00, hora de tomar banho e me arrumar. Os dois banheiros ocupados. Ótimo. Meu humor já foi por água abaixo em plena véspera de feriado. Dessa vez os enviados de Murphy personalizaram-se nas pessoas da minha mãe e do meu irmão.
Lógico, evidente que saí de casa atrasada, correndo e xingando o mundo.
Cheguei, estacionei, corri rumo à sala 203. Chegando lá, vi aquela placa enorme "Multiclínica". Aquelas cadeiras típicas de consultório médico, as revista e cinco portas trancadas. Bati em uma porta, e nada. Bati em outra, e nada. Bati nas cinco portas, e nada. Meus 15 minutos de atraso viraram 30, até que uma servente da clínica aparece.
-Moça, eu tinha uma consulta às 11:20 e está tudo fechado???
-Ah não... a recepção é lá embaixo, na sala 113.
Bom, o normal quando você erra um endereço é parar no lugar errado, não num lugar certo. Como eu erro o endereço e páro na mesma clínica só que no andar errado? Rumei à sala 113 soltando fogo pelas ventas.
- A nutricionista acabou de ir embora, esperou o tempo de tolerância e teve que sair. A senhora vai ter que remarcar.

Exatamente tudo o que eu queria escutar.

O pior é que não é primeira vez que eu erro desse jeito. Quando entrei na faculdade, criaram um e-mail da turma. Todo mundo acessava os documentos no tal e-mail, menos eu. Isso aconteceu por quase um ano. E eu completamente indignada com a situação. Eu era a única da turma que não conseguia ter acesso ao conteúdo do e-mail. Entrava lá no Yahoo, colocava o login, a senha, entrava e nada. Até que um dia fui mostrar pra um colega o que acontecia comigo e ele me faz a seguinte observação: Mariana, o e-mail não é outrip002, é outrip001. A senha, a mesma.

Eu chego a ter medo de seguir minha vida desse jeito, viu.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eu gosto


Eu gosto de namorar. Eu gosto de beijo, de carinho, de abraço, de colo, de cafuné. Eu gosto de confiança, de segurança, de mimos, de atenção, de presentes, de supresas ( boas, as más eu dispenso ). Eu gosto de festa, de amigos, de música, de dança, de conversa fiada e de conversa séria. Eu gosto de água de coco, de chá verde, de água, de suco, de refrigerante, de caldo de cana, de chocolate quente e chá mate bem gelado. Eu gosto de carne, de macarrão, de salada, de camarão, de peixe, de morango com chocolate, de uva, de manga ( picadinha ), de feijoada, de escondidinho, de frango com quiabo, de abobrinha, de caldo de abóbora, de caldo verde, de vaca atolada. Eu gosto de cachorro quente, de misto quente, de beirute, de hamburguer, de sanduíche natural, de bauru, de pão com bife e de pão com linguiça. Eu gosto de foundue, de sushi, de temaki, de yakissoba, de sukyaki, hames, de tabule, de pimentão recheado, de charuto de repolho, de grão de bico, de guacamole, quesadillas. Eu gosto de pinga, de cerveja, de vinho, de chopp, de vodka, de espumante e até de cidra. Eu gosto de pavê, de chocolate, de mousse de maracujá, de sorvete, de bolo, de brigadeiro, de casadinho, de cajuzinho e de beijinho. Eu gosto de coxinha, de risoles, de quibe, bolinha de queijo, de folhado de castanha com leite condensado e de pêssego em calda.


Eu gosto de tudo isso. Gosto pelo gosto, pelo sabor. Assim como gosto do gosto das paixões.

Paixão sem sal, sem açúcar, sem pimenta não é paixão. Paixão sem gosto não tem graça

Paixão sem sabor não agrada ninguém.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Da série: Frases ditas ontem à noite

Conversa vai, conversa vem. O assunto, quase o de sempre: nossa infinita falta de sorte no amor. Se é que se pode falar no amor, melhor falar em relacionamentos apenas.


"Antes de vir o príncipe encantado, pode ter certeza que vem uma cavalaria inteira."

É. Acho que nosso caso formou-se um reino intergalácteo, com uma espécie de cavalaria a la Legião Estrangeira, com gente de tudo quanto é canto... é cavalaria que não acaba mais! No meu caso, parece que ainda resolveram enviar qualquer coisa antes da cavalaria...
Mas não tem nada, não. Dia 12 está chegando... Dia de quê? Dos namorados. E dos SEM namorados também. Prosseguimos firmes e fortes rumo à I Passeata dos Sem Namorados de Brasília! Pelo menos é melhor que ficar em casa. Ah... eu ia me esquecendo. Vai ter um bocado de festa dos solteiros pra ir, né? Ótima oportunidade de conhecer aquele gateeenho...
Pois bem, a última vez que eu resolvi ir a uma festa dessas ( exatamente dessas: A noite dos solteiros ), sem exageros, ficamos eu, Gi e Isa sozinhas no pub. Aliás, sozinhas não. Também estavam os garçons e os seguranças. E depois também chegou o Dalton Vigh, coitado. Tudo bem que a noite aqui em Brasília não é das melhores, mas aquele dia...
Olha, ninguém merece. Eu nem sapo tenho encontrado, quiçá príncipe. Dizem que aqui em Brasília tem muito rapaz bonito, solteiro. Só me resta uma dúvida: onde eles se escondem, por favor?

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mais um pouco de Clarice

Quanto tempo e quanta coisa já deixei passar batida por estar preocupada com coisinhas pequeninas que nem mereciam tanta atenção assim. E ainda deixo passar. Será que um dia a gente aprende???
"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos."
( Clarice Lispector )