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Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

Procurando alguma coisa?

domingo, 13 de setembro de 2009

Gentileza gera gentileza

Todo mundo diz que não se deve agradar os outros esperando receber em troca o mesmo tratamento. E eu concordo. Sou adepta à teoria de que devemos tratar as pessoas da maneira que gostaríamos de ser tratados.
Assim, de primeira, pode até parecer que as duas sejam a mesma coisa, mas a segunda é mais uma questão de consciência. É mentira dizer que não se espera algo das pessoas com quem você convive, e mentira maior é afirmar que elas por vezes não te decepcionam ou então que te surpreendem com alguma coisa boa. Nós somos assim, fazer o quê?
Ver as coisas assim deixa tudo mais leve. É mais fácil você entender o erro dos outros, mesmo que pareçam ( ou que sejam mesmo ) indesculpáveis. Sabe o porquê disso? Porque você também erra.
Lógico que também dececionamos e tratatamos mal outras pessoas, muitas vezes sem querer ou até sem perceber. Seria hipocrisia demais afirmar que consigo tratar os outros da maneira que gostaria de ser tratada o tempo todo, mas eu tenho aprendido uma lição talvez até maior que essa primeira: saber pedir desculpas.
Aliás, saber pedir e aceitar desculpas é essencial à qualquer tipo de convivência. Ninguém é perfeito o tempo todo e provavelmente por isso as pessoas sejam interessantes e exista aquele tal encanto. Às vezes a gente tem que saber pedir desculpas mesmo sem entender o nosso erro, mas por ter entendido que chateamos alguém. Do mesmo jeito, é preciso saber desculpar mesmo sem entender as justificativas de quem te magoou mas entendendo que a pessoa sente por ter pisado na bola.
Falando assim, até parece muito simples, mas vai tentar por em prática qualquer coisinha desta quando alguém te fizer raiva! Na teoria tudo funciona muito bem...
Como eu disse, ninguém é perfeito, então é óbvio que nem eu, nem você nem qualquer outro mortal vai conseguir ter uma atitude destas, dignas de Madre Tereza de Calcutá, o tempo todo. Mas se você conseguir lembrar disso de vez em quando já está de bom tamanho.

domingo, 6 de setembro de 2009

Guarda-roupas

Você já reparou como a vida é parecida com nosso guarda-roupa?

Quando somos bebês, nossas roupas são pequenininhas, delicadas, macias. São escolhidas justamente pra não nos machucar. Mais tarde um pouco, os macacõezinhos são substituídos por bermudas, vestidos, sapatilhas. A fralda dá lugar à calcinha, à cueca. Ora, já é hora de começar aprender que algumas coisas tem regras. Depois, viramos mocinhos, nos preocupamos mais com a aparência da roupa que vestimos, se está na moda ou não, do que com seu conforto. E cada vez mais aprendemos que existe uma roupa certa pra cada ocasião.

Eu lembro de um conjuntinho roxo e de um casaco de lã verde-água que eu tinha quando criança. Lindos. Também lembro da minha primeira calça jeans de mocinha, de um vestido vermelho que herdei das minhas primas... Às vezes vejo as fotos e lembro de como eu gostava daquelas roupinhas. Às vezes até penso em procurar alguma parecida... Mas hoje ele já seria fora de moda, talvez nem me caísse tão bem.

A vida também é assim. Quando pequenos, tudo nos parece mais confortável e as pessoas se preocupam em nos proteger. Vamos crescendo e dia-a-dia deixamos toda essa comodidade de lado. Nos acostumamos a ter um ou outro problema e a aprender que existe maneira certa pra se fazer as coisas. Com o tempo, aprendemos a dar valor ao sentimento, ao respeito, a amizade, ao amor.

As roupas outrora leves e coloridas, vão cedendo espaço ao terno. Os tênis, ao scarpin. As brincadeiras, ao trabalho. Neste caminho, crescemos, mudamos de corpo, de gosto, de tamanho. Da mesma maneira que mesmo aquela blusa que você amava ficou pra trás, alguns hábitos, algumas manias, algumas pessoas também ficam. E deixam saudade. É como olhar aquela foto e ver como você estava bonito com aquela roupa. Às vezes as coisas se perdem porque não nos servem mais, outras, porque já estava na hora. A gente aprende que nada é pra sempre.

A única coisa que continua é você. A mesma criança que usava aquele macacãozinho todo colorido naquela foto lá do fundo do baú. Seu cabelo mudou, suas roupas, suas preocupações, seus brinquedos e até seus amigos. Ainda assim, é você que se vê no espelho. Nas fotos, folha-a-folha do álbum de fotografias, é como se pudesse rever um filme, lembrar de cada época, de cada detalhe...

A gente lembra da bronca que levou quando desobedeceu a mãe e rasgou aquele bermuda caríssima. E nem precisava ser tão cara assim, porque se você gostava dela, ficou mais triste porque têla rasgado do que com a bronca. Aprendemos que quando gostamos e nos importamos com algo, temos que saber cuidar, não importa se vão ou não nos cobrar por isso. A maioria dos tesouros que ganhamos na vida só dependem da nossa atenção.

O tempo passa e percebemos que é preciso mudar de roupa, renovar o guarda roupa. Ninguém consegue passar a vida inteira vestindo trapos. O que faz a beleza da vida é a novidade. O que é importante na vida é ter estilo e saber o que nos cai bem vestir. As lembranças? As lembranças ficam guardadas nas folhas do álbum de fotografias, protegidas por folhas de papel de seda pra nunca nos deixar esquecer que somos sempre aquela mesma criança, independentemente da embalagem.

sábado, 5 de setembro de 2009

Impaciência

Olha, vocês podem até achar que eu exagero. E, na verdade, eu exagero mesmo. Às vezes. Não é que eu seja pessimista, muito pelo contrário, procuro me divertir o quanto posso com meus problemas. Mas tem hora que cansa.

Quando eu digo que os homens são complicados, não é sobre eu não ter auto-afirmação ou alguma coisa do gênero. Eu sou, de fato, muito indecisa e por vezes muito insegura. Até demais. Só que isso me acontece quando trato de duas coisas na minha vida: o grande amor que tive e minha vida profissional.

Meu amor, simplesmente porque o perdi. Ou nos perdemos. O que incomoda é não entender o porquê e não saber quando isso conteceu. Sobre minha vida profissional, sinto ter truncado os caminhos e ter perdido algum tempo. Esse tempo pesa bastante pra mim hoje e me faz querer tudo de uma vez. Eu tenho que dar um jeito em tudo de uma vez. Necessidade.

Simples assim. A agonia que vivo hoje pode ser resumida nisso: eu quero.

Sabe o que me incomoda na vida? Indecisão. Incerteza. Lido muito bem com qualquer situação, desde que eu a entenda. Eu costumo dizer: saber dizer o que você quer às vezes não é muito simples, mas definir o que não se quer... Isso é muito fácil. E eu aprendi a ser assim. Eu quero ou eu não quero.

Prático: se eu quero, eu procuro. E eu deixo claro o que quero. Se me entendem bem ou não, isso é outro problema. Que também não é difícil de resolver. Do mesmo jeito que digo o que quero, pergunto quando tenho alguma dúvida. Alguma complicação nisso?

Agora, eu sou mulher. Faço charminho, manha, até birra de vez em quando. Nada de grave. É só mimar e dar um pouquinho de atenção que passa. Eu sou manhosa, eu sou romântica, eu sou dengosa e até grudentinha. Nada exagerado. Pelo menos não pra quem está interessado, pros outros... Nem me importo.

Eu gosto de conquista, de sedução, de desejo. Eu preciso disso. Sou muito mais bem resolvida do que a maioria pensa. Algumas coisas me irritam com muita facilidade, em algumas épocas me irrito com muita facilidade. Venhamos e convenhamos, paciência não é lá uma das minhas virtudes, embora eu seja quase sempre aquele modelo de serenidade e prudência pra muita gente. Eu sou uma pessoa calma, tranqüila... Paciente, não.

Não sei dizer se sou mais razão ou coração, mas pras duas coisas eu tenho que entender.
Eu sei bem o que eu quero, só está difícil de encontrar.