As primeiras vezes a gente nunca esquece.
Meu primeiro beijo aconteceu no alto dos meus 12 anos de idade com um mocinho que se chamava João Victor, pelas última notícias que tive, pastor João Victor. Lembro como hoje. Foi na Escola Parque da 210/211 norte, na frente do colégio inteiro. E a contragosto meu. Não gostava dele, gostava do Anderson... Ficamos ficando um bom tempo. Na época a gente chamava de rolo. E enquanto beijava meu primeiro beijo, sofria pela minha primeira paixão.
O Anderson não estudava comigo, ele era mais velho. Morava perto lá de casa. Tocava baixo, tinha uma banda de música baiana. Como ficava encantada quando tocavam Dia dos Namorados! Ai, ai... Era só suspiros. Mas eu era birrenta e ele, marrento. Nunca nos beijamos. Só fomos nos falar pessoalmente uns 8 anos depois num show. Foi quando eu tive certeza de que ele também gostava de mim. “Claro que lembro de você, você é inesquecível”, foi o que ele disse quando me espantei por ele ter chamado meu nome.
Minha primeira paixão só passou quando aconteceu meu primeiro amor, aos 14 anos de idade. E com isso também acabou o João Victor.
Primeiro namorado. E também primeira namorada. Nos conhecemos no carnaval. No início era aquele namoro escondido, com medo dos pais, regado a cartas e bilhetinhos, naquele leva e trás infinito com a ajuda dos amigos. Depois, descoberto pela mãe com direito a todo aquele drama que só nessa fase da vida nós fazemos.
O mundo parecia que ia acabar se não pudéssemos estar juntos. Aprendemos muita coisa e o mais importante: que o amor anda junto com o respeito. Não era como os namoricos das adolescentes de hoje, com direito a tudo e mais um pouco. Namoro à moda antiga, que na verdade, não sai de moda nunca. Reclamávamos muito. Sofríamos mais ainda. Os eternos incompreendidos pelo mundo.
Talvez o que nos faltava era justamente compreender melhor muita coisa. Aquilo que chamamos de experiência e que a gente só aprende vivendo. Um dia de cada vez. Uma paixão de cada vez.
P.S.: Engraçado, escrevi isso tudo ontem e deixei pra publicar somente hoje. De noitinha fui ao comércio, enquanto esperava o sinal fechar avistei minha primeira paixão do outro lado da pista. Isso, o Anderson. A vida prega algumas peças de vez em quando. nenhum dos dois mora mais no mesmo lugar. Parece que só quis promover um encontro completamente improvável pra me fazer sentir aquele friozinho na barriga. E nós, mais uma vez não nos falamos. Mas nos reconhecemos.
1 comentários:
Vamos no festival de inverno hoje?
Convence o Ernani a ir...
Beijos
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