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Brasília, DF, Brazil
Nascida, crescida e formada nesta cidade sem avenidas, sem esquinas, sem bairros. Uma típica brasiliense.

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pré-conceito

Hoje pela manhã assisti a uma reportagem sobre Susan Boyle enquanto tomava café. Ressaltaram o comentário, de algum jornal de não-sei-onde, que dizia "Susan Boyle é feia? Ou nós é que somos?".

É engraçado como nós projetamos nos outros aquilo que muitas vezes nos falta, a forma que ligamos certas atitudes, certas posições com determinados perfis de pessoas. Estamos acostumados a falar e recriminar o preconceito, tratando-o como forma de discriminação. Esquecemos, porém, que essa discriminação não está ligada apenas a fatores étnicos, religiosos, políticos. A questão do preconceito abrange também essa nossa mania de "zombar" dos outros, como provavelmente muitos naquele auditório fizeram quando viram-na:
"Como ela tem coragem de ainda aparecer na televisão???"

Retomando o caso de Susan Boyle. Não é a primeira vez que um caso desse tipo circula na mídia. Há pouco tempo circulava na internet o vídeo de Rinaldo Vianna, outro patinho feio que deixou sem graça todos presentes, salvo engano no mesmo programa de TV. Para não precisar ir muito mais longe, há algumas semanas apresentou-se no programa do Faustão ( naquele quadro Se vira nos Trinta ) uma garota que também foi alvo de piadas. Ela tinha 14 anos e era, deveras, beeeem gordinha. E adivinha o que ela foi apresentar? Street Dance. Como nos outros dois casos, saiu aplaudida.

Fora outras considerações, eu me pergunto por que não aprendemos com esses exemplos? Além de insistimos no erro de prejulgar essas pessoas por terem coragem de fazer determinadas coisas, até mesmo ridicularizando-as, nós não enxergamos como elas são lindas por serem desta forma. Como às vezes nós deixamos de fazer algo que desejamos por medo. Como deixamos as oportunidades e nossos sonhos serem perdidos. Como nos falta coragem de tentar.

Eu costumo dizer que não tentar é já se dar por vencido. Que o pior arrependimento é o daquelas coisas não tivemos coragem de fazer. No dia que aprendermos que quem define o que podemos ser somos nós mesmos, passaremos a nos respeitar mais. E, também, aos outros.

2 comentários:

Mariê disse...

Acredito que o preconceito está arraiga em nós, nas nossas entranhas mais profundas e que é nossa obrigação lutar contra eles diuturnamente.
Quem não tenta não se dá por vencido. Quem não tenta já é derrotado.
Bj amiga.

Mariê disse...

Leia-se: arraigado.